Linha do tempo

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"É para essa grande obra de unificação que todos os emissários cooperam no plano espiritual, objetivando a vitória de Ismael nos corações.”

Brasil - Coração do Mundo, Pátria do Evangelho. Humberto de Campos, psicografia de Francisco Cândido Xavier.


Até outubro/2020 atualizaremos semanalmente esta linha do tempo com mais eventos

33 d.C. - Jesus anuncia o Consolador prometido

"Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: – O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque o não vê e absolutamente o não conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós. – Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito."
(S. JOÃO, 14:15 a 17 e 26.)


Imagem: Sermon on the Mount” (1877) de Carl Bloch (1877) está em domínio público (CC0). Filtro aplicado sobre o original.
Linha circular na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro laranja, de Jesus sentado sobre uma rocha, falando com seus seguidores. Início da linha do tempo.

1375 - Transplante da árvore do Evangelho

Diálogo de Jesus com Helil

Cap.01 - O Coração do Mundo
“— Helil — pergunta ele —, onde fica, nestas terras novas, o recanto planetário do qual se enxerga, no infinito, o símbolo da redenção humana?

— Esse lugar de doces encantos, Mestre, de onde se veem, no mundo, as homenagens dos céus aos vossos martírios na Terra, fica mais para o sul. […]

— Para esta terra maravilhosa e bendita será transplantada a árvore do meu Evangelho de piedade e de amor. No seu solo dadivoso e fertilíssimo, todos os povos da Terra aprenderão a lei da fraternidade universal. Sob estes céus serão entoados os hosanas mais ternos à misericórdia do Pai Celestial [...]. Aqui, Helil, sob a luz misericordiosa das estrelas da cruz, ficará localizado o coração do mundo!

Cap. 02 - A pátria do evangelho
– Helil, afasta essas preocupações e receios inúteis. A região do Cruzeiro, onde se realizará a epopeia do meu Evangelho, estará, antes de tudo, ligada eternamente ao meu coração. As injunções políticas terão nela atividades secundárias, porque, acima de todas as coisas, em seu solo santificado e exuberante estará o sinal da fraternidade universal, unindo todos os Espíritos. Sobre a sua volumosa extensão pairará constantemente o signo da minha assistência compassiva e a mão prestigiosa e potentíssima de Deus pousará sobre a terra de minha cruz, com infinita Misericórdia. As potências imperialistas da Terra esbarrarão sempre nas suas claridades divinas e nas suas ciclópicas realizações. Antes de o estar ao dos homens, é ao meu coração que ela se encontra ligada para sempre.”

Trecho do livro: BRASIL - CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO
Pelo Espírito Humberto de Campos, psicografia de Francisco Cândido Xavier


Imagem: FRANCISCO, Wagner de Cerqueira e. "Cruzeiro do Sul "; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/cruzeiro-sul.htm. Acesso em 10 de julho de 2020. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro roxo, da constelação Cruzeiro do Sul.

1394 - Reencarna Helil (Henrique de Sagres)

“Daí a alguns anos, o seu mensageiro se estabelecia na Terra, em 1394, como filho de D. João I e de D. Filipa de Lencastre, e foi o heroico Infante de Sagres, que operou a renovação das energias portuguesas, expandindo as suas possibilidades realizadoras para além dos mares.“


Trecho do livro: BRASIL - CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO (Cap.01 - O Coração do Mundo)
Pelo Espírito Humberto de Campos, psicografia de Francisco Cândido Xavier


Imagem: Caravela Vera Cruz” de Lopo Pizarro está licenciado em CC BY-SA 2.5. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro amarelo, de uma caravela ao mar.

1500 - Ismael é nomeado zelador espiritual do Brasil

Logo após o descobrimento do Brasil, Jesus diz:

“— Ismael, manda o meu coração que doravante sejas o zelador dos patrimônios imortais que constituem a Terra do Cruzeiro. […] Guarda este símbolo da paz e inscreve na sua imaculada pureza o lema da tua coragem e do teu propósito de bem servir à causa de Deus […].

Ismael recebe o lábaro bendito das mãos compassivas do Senhor, banhado em lágrimas de reconhecimento, e, como se entrara em ação o impulso secreto da sua vontade, eis que a nívea bandeira tem agora uma insígnia. Na sua branca substância, uma tinta celeste inscrevera o lema imortal: ‘Deus, Cristo e Caridade’. “


Trecho do livro: BRASIL - CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO (Cap.03 - Os degredados)
Pelo Espírito Humberto de Campos, psicografia de Francisco Cândido Xavier

Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro verde, de uma bandeira branca com o texto em azul: Deus, Cristo e Caridade.

1845 - Primeiras manifestações no Brasil

As primeiras manifestações espíritas reconhecidas como tal no Brasil acontecem no distrito da Mata de São João/Bahia.

"Em 1967, o Anuário Espírita publicava um fac-símile de um documento procedente da Bahia, onde um juiz do Império, nos idos de 1845, relatava as providências tomadas ao ser informado que, num certo distrito, Mata de São João, eram rotineiras as "...reuniões noturnas em casa certa a pretexto de se ouvirem revelações das almas dos mortos que se fingem aparecer com número crescido de concorrentes..."

Trecho do livro: OS PRIMÓRDIOS DO ESPIRITISMO EM GOIÁS (pag. 156)
Por Eurípedes Veloso de Matos e Airton Veloso


Tese de mestrado da Universidade Federal de Uberlândia. Ver mais ⇲

Trecho do Anuário Espírita - 1967. Ver mais ⇲



Imagem: foto aérea de satélite do Google Earth. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro verde, de foto de satélite mostrando a cidade de Mata de São João em relação a Salvador, ambas no estado da Bahia, Brasil.

1848 - As irmãs Fox

Em Hydesville, EUA, são registradas as primeiras comunicações espíritas, com a família Fox. O Fenômeno de efeitos físicos, pancadas e ruídos, constitui o ponto de partida do Espiritismo. (31 de março)

Ver mais sobre as irmãs Fox em documento do site da FEB ⇲


Imagem: "As irmãs Fox. Da esquerda para a direita: Margaret, Kate e Leah". Filtro aplicado sobre o original.Imagem: LINDSAY, Allan. "Casa das Irmãs Fox". Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro rosa, das três garotas com vestuário do século 19, as irmãs Fox, em frente a casa de madeira da família em Hydesville, Estados Unidos.

1850 - Mesas girantes

III

"Como tudo que constitui novidade, a Doutrina Espírita conta adeptos e contraditores. Vamos tentar responder a algumas das objeções destes últimos, examinando o valor dos motivos em que se apoiam sem alimentarmos, todavia, a pretensão de convencer a todos, pois muitos há que creem ter sido a luz feita exclusivamente para eles. Dirigimo-nos aos de boa-fé, aos que não trazem ideias preconcebidas ou decididamente firmadas contra tudo e todos, aos que sinceramente desejam instruir-se e lhes demonstraremos que a maior parte das objeções opostas à doutrina promanam de incompleta observação dos fatos e de juízo leviano e precipitadamente formado.

Lembremos, antes de tudo, em poucas palavras, a série progressiva dos fenômenos que deram origem a esta Doutrina.

O primeiro fato observado foi o da movimentação de objetos diversos. Designaram-no vulgarmente pelo nome de mesas girantes ou dança das mesas. Este fenômeno, que parece ter sido notado primeiramente na América, ou, melhor, que se repetiu nesse país, porquanto a História prova que ele remonta à mais alta antiguidade, se produziu rodeado de circunstâncias estranhas, tais como ruídos insólitos, pancadas sem nenhuma causa ostensiva. De lá, propagou- se rapidamente pela Europa e pelas outras partes do mundo. A princípio quase que só encontrou incredulidade, porém, ao cabo de pouco tempo, a multiplicidade das experiências não mais permitiu lhe pusessem em dúvida a realidade.

Se tal fenômeno se houvesse limitado ao movimento de objetos materiais, poderia explicar-se por uma causa puramente física. Estamos longe de conhecer todos os agentes ocultos da Natureza, ou todas as propriedades dos que conhecemos: a eletricidade multiplica diariamente os recursos que proporciona ao homem e parece destinada a iluminar a Ciência com uma nova luz. Nada de impossível haveria, portanto, em que a eletricidade, modificada por certas circunstâncias, ou qualquer outro agente desconhecido, fosse a causa dos movimentos observados. O fato de que a reunião de muitas pessoas aumenta a potencialidade da ação parecia vir em apoio dessa teoria, visto poder-se considerar o conjunto dos assistentes como uma pilha múltipla, com o seu potencial na razão direta do número dos elementos.

O movimento circular nada apresentava de extraordinário: está na Natureza. Todos os astros se movem em curvas elipsoides; poderíamos, pois, ter ali, em ponto menor, um reflexo do movimento geral do Universo, ou melhor, uma causa, até então desconhecida, produzindo acidentalmente, com pequenos objetos em dadas condições, uma corrente análoga à que impele os mundos.

O movimento, no entanto, nem sempre era circular; muitas vezes era brusco e desordenado, sendo o objeto violentamente sacudido, derribado, levado numa direção qualquer e, contrariamente a todas as leis da estática, levantado e mantido em suspensão. Ainda aqui nada havia que se Introdução 18 não pudesse explicar pela ação de um agente físico invisível. Não vemos a eletricidade deitar por terra edifícios, desarraigar árvores, atirar longe os mais pesados corpos, atraí-los ou repeli-los?

Os ruídos insólitos, as pancadas, ainda que não fossem um dos efeitos ordinários da dilatação da madeira, ou de qualquer outra causa acidental, podiam muito bem ser produzidos pela acumulação de um fluido oculto: a eletricidade não produz formidáveis ruídos?

Até aí, como se vê, tudo pode caber no domínio dos fatos puramente físicos e fisiológicos. Sem sair desse âmbito de ideias, já ali havia, no entanto, matéria para estudos sérios e dignos de prender a atenção dos sábios. Por que assim não aconteceu? É penoso dizê-lo, mas o fato deriva de causas que provam, entre mil outros semelhantes, a leviandade do espírito humano. A vulgaridade do objeto principal que serviu de base às primeiras experiências não foi alheia à indiferença dos sábios. Que influência não tem tido muitas vezes uma palavra sobre as coisas mais graves!

Sem atenderem a que o movimento podia ser impresso a um objeto qualquer, a ideia das mesas prevaleceu, sem dúvida, por ser o objeto mais cômodo e porque, à roda de uma mesa, muito mais naturalmente do que em torno de qualquer outro móvel, se sentam diversas pessoas. Ora, os homens superiores são com frequência tão pueris que não há como ter por impossível que certos espíritos de escol hajam considerado deprimente ocuparem-se com o que se convencionara chamar a dança das mesas. É mesmo provável que se o fenômeno observado por Galvani o fora por homens vulgares e ficasse caracterizado por um nome burlesco, ainda estaria relegado a fazer companhia à varinha mágica. Qual, com efeito, o sábio que não houvera julgado uma indignidade ocupar-se com a dança das rãs?

Alguns, entretanto, muito modestos para convirem em que bem poderia dar-se não lhes ter ainda a Natureza dito a última palavra, quiseram ver, para tranquilidade de suas consciências. Mas aconteceu que o fenômeno nem sempre lhes correspondeu à expectativa e, do fato de não se haver produzido constantemente conforme a vontade deles e segundo a maneira de se comportarem na experimentação, concluíram pela negativa. Malgrado, porém, o que decretaram, as mesas — pois que há mesas — continuam a girar e podemos dizer com Galileu: todavia, elas se movem! Acrescentaremos que os fatos se multiplicaram de tal modo que hoje são aceitos sem contestação, não mais se cogitando senão de lhes achar uma explicação racional.

Contra a realidade do fenômeno, poder-se-ia induzir alguma coisa da circunstância de ele não se produzir de modo sempre idêntico, conforme a vontade e as exigências do observador? Os fenômenos de eletricidade e de química não estão subordinados a certas condições? Será lícito negá-los, porque não se produzem fora dessas condições? Que há, pois, de surpreendente em que o fenômeno do movimento dos objetos pelo fluido humano também se ache sujeito a determinadas condições e deixe de se produzir quando o observador, colocando-se no seu ponto de vista, pretende fazê-lo seguir a marcha que caprichosamente lhe imponha, ou queira sujeitá-lo às leis dos fenômenos conhecidos, sem considerar que para fatos novos pode e deve haver novas leis? Ora, para se conhecerem essas leis, preciso é que se estudem as circunstâncias em que os fatos se produzem e esse estudo não pode deixar de ser fruto de observação perseverante, atenta e às vezes muito longa.

Objetam, porém, algumas pessoas: há frequentemente fraudes manifestas. Perguntar-lhes- emos, em primeiro lugar, se estão bem certas de que haja fraudes e se não tomaram por fraude efeitos que não podiam explicar, mais ou menos como o camponês que tomava por destro escamoteador um sábio professor de Física a fazer experiências. Admitindo-se mesmo que tal coisa tenha podido verificar-se algumas vezes, constituiria isso razão para negar-se o fato? Dever-se-ia negar a Física, porque há prestidigitadores que se exornam com o título de físicos? Cumpre, ademais, se leve em conta o caráter das pessoas e o interesse que possam ter em iludir. Seria tudo, então, mero gracejo? Admite-se que uma pessoa se divirta por algum tempo, mas um gracejo prolongado indefinidamente se tornaria tão fastidioso para o mistificador, como para o mistificado. Acresce que, numa mistificação que se propaga de um extremo a outro do mundo e por entre as mais austeras, veneráveis e esclarecidas personalidades, alguma coisa há, com certeza, tão extraordinária, pelo menos, quanto o próprio fenômeno.”


Trecho de: O LIVRO DOS ESPÍRITOS. (Introdução ao estudo da Doutrina Espírita - item III)
Por Allan Kardec


Imagem: Sem título. Disponível em:
http://estudosistematizadodadoutrinaespirita.blogspot.com/2009/06/as-mesas-girantes.html. Acesso em: 10 de julho de 2020. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro azul, de seis pessoas reunidas e sentadas em volta de uma mesa de madeira, em uma reunião das chamadas mesas girantes.

1855 - Allan Kardec e as mesas girantes

Allan Kardec participa das primeiras experiências de manifestação das mesas girantes. Kardec recebe 50 cadernos com transcrição de comunicações mediúnicas.


Trecho de: KARDEC: A HISTÓRIA POR TRÁS DO NOME, o filme brasileiro mostra a jornada de Allan Kardec, nascido Hypolite Leon Denizard Rivail, desde quando trabalhava como educador em Paris até iniciar o processo de codificação do espiritismo ao lado de sua esposa, Amélie-Gabrielle Boudet.

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Imagem: "Allan Kardec" de Gallica Digital Library (ID btv1b8529781h) está em domínio público. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro amarelo, de Allan Kardec, homem de bigode e costeletas, vestido com terno do século 19 em Paris, França.

1857 - O Livro dos Espíritos

Lançamento de O Livro dos Espíritos, marco inicial da Codificação Espírita.

"Dos cinco livros fundamentais que compõem a Codificação do Espiritismo, este foi o primeiro, reunindo os ensinos dos Espíritos Superiores através de médiuns de várias partes do Mundo. Ele é o marco inicial de uma Doutrina que trouxe uma profunda repercussão no pensamento e na visão de vida de considerável parcela da Humanidade, desde 1857, data da primeira edição francesa. Estruturado em quatro partes e contendo 1.019 perguntas formuladas pelo Codificador, aborda os ensinamentos espíritas, de uma forma lógica e racional, sob os aspectos científico, filosófico e religioso. Independentemente de crença ou convicção religiosa, a leitura de “O Livro dos Espíritos” será de imenso valor para todos, porque trata de Deus, da imortalidade da alma, da natureza dos Espíritos, de suas relações com os homens, das leis morais, da vida presente, da vida futura e do porvir da Humanidade, assuntos de interesse geral e de grande atualidade."

Trecho retirado do site da FEB.

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Imagem: "Le Livre des Esprits" está em domínio público. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro azul claro, de foto da capa da primeira edição francesa de o Livro dos Espíritos.

1858 - Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas

Fundação da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, em Paris, no dia 1º de abril, por Allan Kardec.

"A extensão por assim dizer universal que a cada dia tomam as crenças espíritas fazia vivamente desejar-se a criação de um centro regular de observações; essa lacuna acaba de ser preenchida. A Sociedade, cuja formação temos o prazer de anunciar, composta exclusivamente de pessoas sérias, isentas de prevenções e animadas do sincero desejo de serem esclarecidas, contou, desde o início, entre seus associados, com homens eminentes por seu saber e posição social. Ela é chamada – disso estamos convencidos – a prestar incontestáveis serviços à comprovação da verdade. Seu regulamento orgânico lhe assegura uma homogeneidade sem a qual não há vitalidade possível; baseia-se na experiência dos homens e das coisas e no conhecimento das condições necessárias às observações que são o objeto de suas pesquisas. Vindo a Paris, os estrangeiros que se interessarem pela Doutrina Espírita encontrarão, assim, um centro ao qual poderão dirigir-se para obter informações, e onde poderão também comunicar suas próprias observações."
Allan Kardec


Imagem: "Élévation de la face Majeure du Palais Royal" está em domínio público. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro verde, de desenho da fachada do Palácio Royal em Paris/França, de arquitetura neoclássica.

1861 - O Livro dos Médiuns

Lançamento de O Livro dos Médiuns.

“O Livro dos Médiuns” é uma das cinco obras que constituem a Codificação da Doutrina Espírita. Reúne “o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o mundo invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os tropeços que se podem encontrar na prática do Espiritismo”. Apresenta ainda, na parte final, precioso vocabulário básico espírita. De leitura e consulta indispensável para os espíritas, será sempre uma preciosa fonte de conhecimento também para qualquer pessoa indagadora e atenta ao fenômeno mediúnico, que se manifesta crescentemente no mundo inteiro, dentro ou fora das atividades espíritas. Sendo os homens parte integrante do intercâmbio entre os dois planos da vida o material e o espiritual, o melhor é que conheçamos, e bem, os mecanismos desse relacionamento. “O Livro dos Médiuns” é o manual mais seguro para todos os que se dedicam às atividades de comunicação com o Mundo Espiritual."


Trecho retirado do site da FEB.

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Imagem: "Le Livre des Médiums" está em domínio público. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro vinho, de foto da capa da primeira edição francesa de o Livro dos Médiuns.

1864 - O Evangelho Segundo o Espiritismo

Lançamento do livro O Evangelho Segundo o Espiritismo.

“O Evangelho segundo o Espiritismo” é um dos cinco livros que constituem o corpo doutrinário do Espiritismo. “O Evangelho segundo o Espiritismo” é o ensino moral do Cristo Jesus para os cristãos de qualquer crença, desenvolvido pelos Espíritos de Luz em comunicações mediúnicas recolhidas, organizadas, comentadas e trazidas a público pelo Codificador Allan Kardec. Se o leitor é cristão, leia com aplicação o ensino moral do Mestre Jesus para a Humanidade sofredora e dê-se conta de conteúdos que talvez nunca antes tenha percebido, ou compreendido plenamente. Se não é cristão, mas um espírito indagador, leia com respeito a orientação desse Espírito divino, dada há dois mil anos e sempre atual, em seu caráter educativo, motivador e consolador."



Trecho retirado do site da FEB.

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Imagem: "Qu'est-ce que" está em domínio público. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro laranja, de foto da capa da primeira edição francesa do livro O Evangelho Segundo o Espiritismo.

1865 - O Céu e o Inferno

Lançamento do livro O Céu e o Inferno.

“Esta é uma das cinco obras básicas que compõem a Codificação do Espiritismo. Seu principal escopo é explicar a Justiça de Deus à luz da Doutrina Espírita. Objetiva demonstrar a imortalidade do Espírito e a condição que ele usufruirá no Mundo Espiritual, como conseqüência de seus próprios atos. Divide-se em duas partes: A primeira, estabelece um exame comparado das doutrinas religiosas sobre a vida após a morte. Mostra fatos como a morte de crianças, seres nascidos com deformações, acidentes coletivos e uma gama de problemas que só a imortalidade da alma e a reencarnação explicam satisfatoriamente. Kardec procura elucidar temas como: anjos, céu, demônios, inferno, penas eternas, purgatório, temor da morte, a proibição mosaica sobre a evocação dos mortos, etc. Apresenta, também, a explicação espírita contrária à doutrina das penas eternas. A segunda parte, resultante de um trabalho prático, reúne exemplos acerca da situação da alma durante e após a desencarnação. São depoimentos de criminosos arrependidos, de espíritos endurecidos, de espíritos felizes, medianos, sofredores, suicidas e em expiação terrestre. Livros da Codificação Espírita: O Livro dos Espíritos, 1857; O Livro dos Médiuns, 1861; O Evangelho segundo o Espiritismo, 1864; O Céu e o Inferno, 1865; A Gênese, 1868."


Trecho retirado do site da FEB.

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Imagem: "Le Ciel et l'Enfer Kardec" está em domínio público. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro amarelo, de foto da capa da primeira edição francesa do livro O Céu e o Inferno.

1868 - A Gênese

Lançamento do livro A Gênese.

“É uma das cinco obras básicas da Codificação do Espiritismo. É um livro que, conhecido e estudado, proporciona uma oportunidade excepcional de imersão em grandes temas de interesse universal, abordados de forma lógica, racional e reveladora. Divide-se em três partes: Na primeira parte, analisa a origem do planeta Terra, de forma coerente, fugindo às interpretações misteriosas e mágicas sobre a criação do mundo; Em sua segunda parte, aborda a questão dos milagres, explicando a natureza dos fluidos e os fatos extraordinários contidos no Evangelho; Na terceira parte enfoca as predições do Evangelho, os sinais dos tempos e a geração nova, que marcará um novo tempo no Mundo com a prática da justiça, da paz e da fraternidade. Os assuntos apresentados nos dezoito capítulos desta obra têm como base a imutabilidade das grandiosas Leis Divinas."


Trecho retirado do site da FEB.

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Imagem: "Genèse selon le spiritisme" está em domínio público. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro azul, de foto da capa da primeira edição francesa do livro A Gênese.

1869 - Desencarnação de Allan Kardec

Desencarnação de Allan Kardec, codificador do Espiritismo, em 31 de março.

Desencarnação de Allan Kardec, codificador do Espiritismo. Hyppolyte-Leon Denizart Rivail era professor, escritor e tradutor. Adotou o pseudônimo Allan Kardec para diferenciar as obras de codificação do Espiritismo de outros livros que havia publicado. (31 de março).
Allan Kardec foi o pseudônimo adotado pelo professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, nascido em 3 de outubro de 1804, em Lyon, na França. Ele realizou a tarefa missionária de codificar, isto é, apresentar em livros, metódica, didática e logicamente organizados, comentados e explicados, os postulados da Doutrina Espírita.

Trecho retirado do site da FEB.

Ler a biografia completa ⇲


Imagem: "Allan Kardec" de Gallica Digital Library (ID btv1b8529781h) está em domínio público. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro verde, de Allan Kardec, homem de bigode e costeletas, vestido com terno do século 19 em Paris, França.

1869 - O Écho d’Alêm-Tumulo

A publicação do periódico O Écho d’Alêm-Tumulo deu início a divulgação, em língua portuguesa, da Doutrina Espírita no Brasil.

O primeiro periódico espírita publicado no Brasil recebeu o nome de O Écho d’Alêm-Tumulo. O lançamento foi na Bahia, pelas mãos de Luiz Olympio Telles de Menezes, em 15 de julho de 1869. Em homenagem ao aniversário de 151 anos do veículo pioneiro na imprensa espírita brasileira, a Federação Espírita Brasileira compartilhou em seu site neste mês de julho de 2020, um artigo publicado na Revista Espírita de 1869 sobre o tema.

Trecho retirado do site da FEB.


Imagem: "Eco de alem tumulo" está em domínio público. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro azul, de foto da capa da primeira edição do periódico O Écho D’alêm-tumulo.

1883 - Reformador

Criado o Reformador, que em 1884 foi incorporado e se tornou o periódico da Federação Espírita Brasileira.

Augusto Elias da Silva concretizou uma aspiração não somente sua, mas de muitos espíritas de sua época. Desde 1865 os espiritistas brasileiros sentiam a necessidade de propagar a Doutrina dos Espíritos por meio da imprensa. Naquela época o Espiritismo contava já com muitos adeptos, no Rio de Janeiro, na Bahia, em São Paulo e em outras províncias.

Em 1869 surgiu na Bahia o primeiro órgão da imprensa espírita brasileira, O Écho d'Além-Túmulo, fundado e dirigido por Luís Olímpio Teles de Menezes. Consideráveis tentativas haviam sido feitas também no Rio de Janeiro, com o objetivo de propagar a Doutrina por meio da imprensa. Prova disso foi a Revista Espírita, dirigida pelo Dr. Antônio da Silva Neto, vice-presidente do Grupo Confúcio, a qual teve vida efêmera, aparecendo em 1º de janeiro de 1875 e desaparecendo ao fim de seis meses. Outra tentativa foi a Revista da Sociedade Acadêmica Deus, Cristo e Caridade, que subsistiu de janeiro de 1881 a julho de 1882.

É nesse meio que o fotógrafo de profissão, Augusto Elias da Silva, idealiza, funda e faz circular o Reformador — Orgam Evolucionista, a serviço da Grande Causa.

“Abre caminho, saudando os homens do presente que também o foram do passado e ainda, hão de ser os do futuro, mais um batalhador da paz: o Reformador. Com essas palavras iniciais apresentava-se, em 21 de janeiro de 1883, o novo órgão da imprensa espírita.

Há muito Reformador se tornou o mais antigo periódico da imprensa espírita brasileira. Em todo o mundo, ocupa o quinto lugar em antiguidade.

Registram os Anais da Biblioteca Nacional (Vol, 85) ser o Reformador um dos quatro periódicos surgidos no Rio de Janeiro, de 1808 a 1889, que sobreviveram até os dias de hoje. São eles, pela ordem: Jornal do Commercio (1827); Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1839); Diário Oficial (1862); Reformador (1883). À exceção do Diário Oficial, Reformador é o único que jamais teve interrompido sua publicação.

Trecho retirado do site da FEB.


Imagem: "Refomador-1883" está no acervo do periódico no site da FEB. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro rosa, de foto da capa da primeira edição do periódico Reformador.

1884 - Federação Espírita Brasileira - FEB

Fundação da Federação Espírita Brasileira por Augusto Elias da Silva e outros na cidade do Rio de Janeiro.

A instituição tem a missão de “Oferecer a Doutrina Espírita ao ser humano por meio do seu estudo, prática e difusão, pela união solidária dos espíritas e unificação das instituições espíritas, contribuindo para a formação do homem de bem.”

”Apontamentos históricos indicam que a FEB após sua fundação em 2 de janeiro de 1884, passou a funcionar na residência de seu fundador, Augusto Elias da Silva, na Rua da Carioca nº 120 (então Rua de São Francisco de Assis), para em seguida começar constante mudança de endereço.

Sucessivamente instalou-se na Rua da Alfândega, 153, em 1884; na Rua do Hospício nºs. 147 e 102, nos anos de 1886 e 1887; na Rua do Clube Ginástico nº 17, atualmente Rua Silva Jardim, em 1888. Ainda em 1888 mudou-se para a Rua do Regente, 19, hoje Rua Gonçalves Ledo, mediante módico aluguel; em 1890 passou a ocupar o 2º andar do prédio nº 83 da Rua Camerino, então Rua da Imperatriz. Com o aviso do senhorio, exigindo a desocupação do prédio, transferiu-se, em 1891, para um pequeno sobrado no Largo do Depósito nº 56, hoje Praça dos Estivadores, local que não comportava os móveis e a biblioteca, tendo sido na ocasião encaixotados o arquivo e o material tipográfico do Reformador. Começa então uma fase angustiosa, sob a presidência do Dr. Dias da Cruz. Muda-se para o 2º andar da Rua da Alfândega nº 342, depois 330, em 1891.

Com a Revolta da Armada, de setembro de 1893 a março de 1894, intensificou-se a deserção e praticamente ficaram suspensas as atividades. Em 1895 a crise chegou ao auge com as dificuldades financeiras, quando os poucos remanescentes recorreram a Bezerra de Menezes, como último recurso para evitar a dissolução completa.

Adolfo Bezerra de Menezes assume, então, a presidência, eleito em 3 de agosto de 1895, e começa o trabalho de reconstrução, imprimindo à Instituição a orientação doutrinário-evangélica na qual ela se mantém firmemente até nossos dias. Equilibrou a situação financeira, para atender aos encargos e serviços, e reorganizou todos os trabalhos da Casa.

Da Rua da Alfândega, transferiu-se para a Rua do Rosário nº 141, em 1899, e depois para o nº 133, antigo 97 da mesma rua, em 1903, de onde só sairia para sua sede própria, construída na Avenida Passos nºs. 28 e 30.

Desde o “Grupo Confúcio”, fundado em 1873, com duração aproximada de seis anos, delineava-se a futura Casa de Ismael. A esse Grupo pertenceram, entre outros, o Dr. Siqueira Dias, Dr. Francisco Leite de Bittencourt Sampaio, Dr. Antonio da Silva Neto, Dr. Joaquim Carlos Travassos, Prof. Casimir Lieutaud.

Ao “Grupo Confúcio” seguiu-se a Sociedade de Estudos Espíritas “Deus, Cristo e Caridade”, fundada em março de 1876, com programação francamente evangélica estampada em seu próprio nome e cumprida até 1879.

Paulatinamente, todos os grupos afinados com a filiação ideológica Espiritismo-Evangelho foram-se reunindo em torno da Federação Espírita Brasileira, consolidando-se com Bezerra de Menezes, de 1895 em diante, toda a diretriz sintetizada na verdade “Deus, Cristo e Caridade”.

O “Grupo Ismael” (Grupo de Estudos Evangélicos do Anjo Ismael) passou a funcionar em 15 de julho de 1880, tendo sido fundado por Antonio Luís Sayão e Francisco Leite de Bittencourt Sampaio. Posteriormente vieram Adolfo Bezerra de Menezes, Frederico Júnior, Domingos Filgueiras, Pedro Richard, Albano do Couto e outros companheiros oriundos de diversos núcleos. Acedendo Bezerra de Menezes em aceitar a Presidência da Federação, em 1895, o “Grupo Ismael” acompanhou o apóstolo, apoiou-o na direção da Casa e integrou-se a ela.

A primeira Diretoria da Casa, eleita em 2 de janeiro de 1884, ficou assim constituída: Presidente, Major Francisco Raimundo Ewerton Quadros; Vice-Presidente, Manoel Fernandes Figueira; Secretário, João Francisco da Silveira Pinto; Tesoureiro, Augusto Elias da Silva; e Arquivista, Francisco Antonio Xavier Pinheiro.”

Trecho retirado do site da FEB.


Imagem: "Fachada da sede histórica da FEB", disponível no site da FEB. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro verde, de foto da fachada em arquitetura neoclássica da sede histórica da Federação Espírita Brasileira na cidade do Rio de Janeiro, Brasil.

1886 - Reuniões espíritas em Goiás

Na cidade de Goiás, ocorrem as primeiras manifestações espíritas na Província de Goiás, influenciadas pelos fenômenos das mesas girantes.

Antes das ferrovias adentrarem ao solo goiano no início do século XX, os fios do telégrafo foram responsáveis pelo desbravamento da região, por facilitar o fluxo de informações e pelo aumento das aglomerações urbanas. Em meio a essa configuração, a construção da linha telegráfica de Franca-SP até o Rio Araguaia passando pela Cidade de Goiás, então capital do Estado, trouxe consigo outra presença: um “bandeirante” do espiritismo, o coronel *Francisco Raimundo Ewerton Quadros (1841 – 1919) [...] Desse modo a sua presença nos sertões no final do século IX consistiu em oportunidade de trânsitos, deixando experiências em território goiano e enviando notícias para a então capital federal por meio de seus artigos no Reformador, a exemplo do relato sobre o espiritismo em Goiás publicado em 15 de maio de 1890: Spiritismo em Goyaz. Caro Alfredo, pedis-me em vossa carta última, que vos comunique alguns fatos de mediunidade, que por cá tenho observado. Bem sabeis que eu não tenho forças para resistir ao pedido de quem deseja observar fenômenos espíritas, apesar de conhecer perfeitamente que há na prática do espiritismo perigos sérios para quem não conhecer a parte teórica da doutrina. Que quer? Sou um incorrigível. (...) Em Monte Alegre, em casa do cidadão venerável Coronel Villelo, tivemos uma importante sessão de mediunidade vidente e psicográfica, em que muita gente viu seus parentes e amigos, chamados mortos, ficando todos satisfeitos. (...) Em Morrinho tivemos duas importantes sessões de vidência, psicografia e respostas intuitivas às perguntas mentais feitas pelos assistentes, uma em casa do cidadão Hermenegildo e outra em casa do cidadão Sotero, negociantes e proprietários do lugar. (...) São os fatos de que me recordo; São poucos, mas mostram que a nossa cara doutrina tem prosélitos e crentes sinceros também por cá. Acampamento dos Sertões de Goyaz, 10 de abril de 1890. Ewerton Quadros (p.2) (Ibd. P 57)

“ Podemos afirmar que o espiritismo em Goiás desde fins do século XIX, ganhou terreno a partir destes “símbolos do progresso material”. Conforme sublinhou Barsanulfo Borges (1999), as vias férreas, além de instrumentos de dominação e colonização (elemento modernizador e “civilizador” sob a lógica do projeto capitalista), também contribuíram para o estabelecimento de importantes trocas simbólicas. A expansão da estrada de ferro, assim, “intensificou a propagação de ideias e culturas, fecundando as civilizações umas pelas outras. Os trilhos foram poderoso instrumento de unidade econômica e social, linguística e cultural, bem como de propagação de ideias, crenças e costumes” (p 28) [...] nesses termos, seja em virtude da facilidade de circulação de livros, jornais e revistas, seja devido ao deslocamento de trabalhadores e a proximidade geográfica com o Triângulo Mineiro, foi inevitável que o espiritismo alcançasse o solo goiano ... (ibid. p 65)

“Com a implantação das ferrovias Estrada de Ferro Goiás, Viação ferroviária Centro Oeste e Mogiana, houve a ligação entre os três Estados – Goiás, Minas Gerais e São Paulo. Este fato facilitava a vinda de pessoas de outros estados e o contato com as cidades vizinhas do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. (...) à medida que a Doutrina era disseminada em Sacramento e Uberaba, outras cidades eram influenciadas pelos postulados de Kardec. Assim é que podemos citar Araguari (MG) que assume posição de destaque. (...) aquela região e os seus militantes da Doutrina Espírita exerceram papel pioneiro na divulgação e implementação do Espiritismo em Goiás. Em termos de congraçamento, a cidade de Monte Carmelo, a partir de 1934, mantinha um relacionamento com o movimento espírita de Catalão, Cumari e Ipameri. (In: VELOSO, Airton e Eurípedes - “Primórdios do Espiritismo em Goiás”, 1ª ed. Goiânia: GO, FEEGO, 2016 PP). (Citado em “ Luz Sob o Alqueire”, Clovis Carvalho Britto, p 65)

Sobre precursoras do espiritismo em Goiás: [...] ... “uma plêiade de senhoras da sociedade goiana iniciou as primeiras sessões experimentais. Seus nomes são os mais respeitáveis, constituindo tronco de famílias que se projetam ainda no cenário político, social e cultural do Estado: Dona Ana Tocantins, inteligência brilhante, esposado insigne jornalista Marques Tocantins; Dona Maria Xavier de Barros, esposa do Sr. Pacífico A. Xavier de Barros; Donas Valentina Brandão e Ana Brandão, irmãs do Sr. Valério Brandão; Dona Jacintha do Couto Brandão, colaboradora eficiente do “jornal do Comércio” e outras” (NICOLAU, 1948 P 1) In: “Luz Sob o alqueire”, Britto p 101)


Imagem: Foto cedida do arquivo da Fundação Frei Simão. Filtro aplicado sobre o original.

Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro amarelo, de foto de duas árvores as beiras do Rio Vermelho com casas coloniais ao fundo, ilustra a cidade de Goiás no século 19.

1890 - Obras Póstumas

Publicação do livro Obras Póstumas

Obra publicada após a desencarnação de Allan Kardec, apresenta, no começo, bem escrita biografia do Codificador, seguida do discurso que Camille Flammarion pronunciou quando do seu sepultamento. Reunindo importantes registros deixados por Allan Kardec, acerca de pontos doutrinários e fundamentação do Espiritismo, divide-se este trabalho em duas grandes partes. A primeira aborda assuntos como: caráter e consequências religiosas das manifestações dos Espíritos; as cinco alternativas da Humanidade; questões e problemas; as expiações coletivas; liberdade, igualdade, fraternidade; música espírita; a morte espiritual; a vida futura A segunda inclui apontamentos em torno da iniciação espírita e o roteiro missionário de Kardec, assim como uma “exposição de motivos”, apresentada na “Constituição do Espiritismo”, como precioso legado do mestre lionês às sociedades espíritas do futuro.

Trecho retirado do site da FEB.

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Imagem: "Cover Œuvres Posthumes" está em domínio público. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro verde claro, de foto da capa da primeira edição francesa do livro Obras Póstumas.

1895 - Bezerra de Menezes

Presidindo a FEB pela segunda vez, Bezerra de Menezes começa a organizar o Projeto de Unificação do Movimento Espírita.

Adolfo Bezerra de Menezes assume, a presidência, eleito em 3 de agosto de 1895, imprimindo à Instituição a orientação doutrinário-evangélica na qual ela se mantém firmemente até nossos dias. Equilibrou a situação financeira, para atender aos encargos e serviços, e reorganizou todos os trabalhos da Casa.

Adolfo Bezerra de Menezes nasceu em 1831, em Riacho do Sangue (CE) e desencarnou no dia 11 de abril de 1900. Trabalhou em benefício dos mais necessitados e ficou conhecido como “o médico dos pobres”. Desenvolveu diversos trabalhos em prol da união e da liberdade dos estudiosos da Doutrina, tendo sido por duas vezes presidente da Federação Espírita Brasileira.



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Imagem: "BezerradeMenezes2" está em domínio público. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro amarelo, de foto de Adolfo Bezerra de Menezes, um senhor, aparentando uns 60 anos, e grades barbas brancas.

1909 - Primeiro Centro Espírita de Goiás

Surge na Cidade de Goiás, o Centro Espírita Amigos dos Sofredores, o primeiro do Estado.

“18.1 Os primeiros Centros Espíritas do Estado

Contudo, o fato que marca o início do Espiritismo na cidade de Goiás foi a ocasião em que o Sr. Antonio Cupertino Xavier de Barros, no ano de 1909, juntamente com outros confrades, trouxe de São Paulo um médium com o objetivo de encaminhar e incentivar um grupo para as reuniões práticas.

Com essa organização foi formado o primeiro grupo espírita, o Amigo dos Sofredores composto pelos Senhores Antonio Cupertino Xavier de Barros, Luiz M. de Camargo Jr, José Olímpio Xavier de Barros, José Teotônio Dias e do Prof. José Malaquias do Nascimento.

A partir de 1924, o Centro adquiriu personalidade jurídica (…).”


Trecho do livro: OS PRIMÓRDIOS DO ESPIRITISMO EM GOIÁS
Por Airton e Eurípedes Veloso.


IImagem: Foto cedida do arquivo da Fundação Frei Simão. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro cor salmão, de foto de casas coloniais a beira do Rio Vermelho, da cidade de Goiás no início do século 20.

1914 - Primeiro Centro Espírita na Zona Rural de Catalão/GO

Fundado o primeiro Centro Espírita na zona rural de Catalão/GO, inspirado pelo trabalho de Eurípedes Barsanulfo em Sacramento/MG.

"O Espiritismo em Catalão originou-se no entorno da construção da Estrada de Ferro Goiás, que ligava a cidade de Araguari (MG) a Goiânia (GO). Nessa via férrea, em 1913, foi inaugurada a Estação Ferroviária em Catalão. No entorno da estação ferroviária vieram morar pessoas que conheciam o "Evangelho Segundo o Espiritismo", livro seminal de Allan Kardec. Estes comerciantes e trabalhadores uniram-se para dar início ao primeiro centro espírita de Catalão.

(...) Partilhamos em conversas algumas memórias com líderes locais, especialmente com Eurípedes Correa, líder espírita há quatro décadas na cidade. Foi-nos relatado que o primeiro centro espírita foi fundado por um trabalhador da ferrovia apelidado de Zé Pretim, por uma senhora parteira que tinha apelido de Dona Xixi e um comerciante de nome Paracatu. Paracatu negociava mercadorias com um vendedor viajante que era irmão do médium Eurípedes Barsanulfo, criador e diretor do primeiro colégio brasileiro com orientação espírita no Brasil, o Colégio Allan Kardec, na cidade de Sacramento (MG). A comunicação do comerciante Paracatu com o irmão de Eurípedes Barsanulfo possibilitou a aproximação desse grupo que deu início ao primeiro centro espírita em Catalão, num salão de uma casa acima da ferrovia. Dona Xixi, a parteira, se tornou amiga de Eurípedes Barsanulfo, que era entre outras coisas professor e farmacêutico (3); os dois trocavam experiências sobre obstetrícia e medicamentos.

As reuniões neste primeiro centro aconteciam às escondidas porque o espiritismo era muito perseguido. Conforme nos foi relatado, era difícil ser espírita naquela época porque o espiritismo era muito perseguido pelo clero católico, a comunidade não-espírita os rejeitava e as autoridades tentavam fechar os centros e impedir atividades desenvolvidas pelos espíritas na cidade. Por causa disso, muitas pessoas evitavam revelar que eram espíritas.

Muitos anos após o primeiro centro espírita ter fechado, também nas proximidades da ferrovia, foi construído o Centro espírita Amor e Fraternidade. Deste centro espírita saíram lideranças e criaram outros centros. Em 2015 havia nove centros espíritas em atividade na cidade. No início, o espiritismo dava assistência a pessoas em sofrimento psíquico e fisico. Hoje, centros espíritas administram instituições de caridade, uma escola, e outras funções assistenciais. (...)"

(in Daniel Alves danalves1978@yahoo.com.br - Universidad Federal de Goiás, Brasil - IMAGENS, BIBLIAS, BANDAS E FAVAS: O MERCADO DE BENS COM MARCACAO RELIGIOSA EM CATALAO, BRASIL - Mitológicas, vol. XXXIV, 2019 - Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas https://www.redalyc.org/jatsRepo/146/14661616001/html/index.html

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Imagem: "Catalão_em_1892" está em domínio público. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro verde, de um descampado rural com um homem montado em um cavalo.

1914 - Curso Infantil da Doutrina Cristã

Implantado na FEB o ensino da Doutrina Espírita ou Curso Infantil da Doutrina Cristã, considerado o nascimento da Evangelização Espírita Infantil, em 14 de junho.

Ver sobre a comemoração dos 100 anos da Evangelização Infantil na site da FEB (1914-2014).

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Imagem: "Sunflower portrait" está com licença de uso em pacote da plataforma Envato Elements. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro roxo, de foto de um girassol.


1929 - Cidade de Palmelo/GO

Palmelo/GO, sempre lembrada como cidade Espírita, nasceu em 1929, de um povoado que surgiu em torno do Centro Espírita Luz da Verdade.

Palmelo é sempre lembrada como cidade Espírita, atrai visitantes que buscam reequilíbrio físico e espiritual. Localizada no sudeste de Goiás nasceu em 1929, de um povoado que surgiu em torno do Centro Espírita Luz da Verdade, em uma área que pertenceu à fazenda do Barão de Palmelo. Os registros históricos da cidade destacam a contribuição do casal Jerônimo Cândido e da esposa Francisca Borges para que em 1953, Palmelo fosse emancipada, desmembrando-se do Município de Pires do Rio.


"Palmelo fica localizado no sudeste de Goiás e teve sua origem no povoado formado em torno do “Centro Espírita Luz da Verdade”, fundado em 02/02/1929, pelos senhores João Borges de Menezes, Filemon Nunes da Silva, Francisco de Paula e Joaquim Gomes Menezes. Esta área pertenceu à fazenda do Barão de Palmelo (guarda-mor do Imperador D. Pedro II).

Os irmãos Gervásio, Jonas, Josino Cândido Branquinho e Gervásio Branquinho Primo, foram os fundadores do povoado. No final de 1935, aqui chegou Jerônimo Cândido Gomide com sua esposa Francisca Borges Gomide e seus filhos, trazendo uma contribuição marcante para que em 13/11/1953, através da Lei Estadual nº. 908, Palmelo se emancipasse como cidade, desmembrando-se do Município de Pires do Rio. Não passou pela categoria de Distrito. Atualmente pertence ao Distrito Judiciário de Santa Cruz de Goiás. É uma cidade de formação religiosa espírita, hoje considerada Cidade de Estância e Reequilíbrio Físico, Mental e Espiritual, muito procurada por criaturas de toda parte, em busca da cura. A Área do município é de 59, km. Limita-se com os Municípios de Pires do Rio e Santa Cruz de Goiás.

Ficam 246 km distante de Brasília, cujo acesso é através da GO-040 e 125 km de Goiânia pela GO-020. O Município está inserido no maciço Goiano e caracteriza-se pela presença de chapadas. A topografia varia de 765 a 950 metros. O clima é tropical-úmido, onde a temperatura média oscila entre a máxima de 30ºC e a mínima de 15ºC. As precipitações médias anual entre 1.000 mm, e as chuvas ocorrem de outubro a março."

Trecho retirado do site da Prefeitura de Palmelo/GO;

Imagem: "Vista aérea de Palmelo/GO" está em disponível no site da Prefeitura de Palmelo/GO. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro verde, de foto aérea da cidade de Palmelo - Goiás;

1932 - Livro Parnaso de além túmulo

Lançamento do primeiro livro psicografado por Francisco Cândido Xavier. Reúne mais de 200 poemas ditados por 56 poetas brasileiros e portugueses.

Verdadeiro marco na história da humanidade, esta magnífica coletânea de textos concebida pela inspiração de poetas no Plano Espiritual traz mensagens de consolo e esperança em diversos temas, confirmando a sobrevivência da alma após a morte terrena. Mais do que uma primorosa obra, Parnaso de Além-túmulo marca o início da extraordinária jornada de Chico Xavier como médium e instrumento da Espiritualidade Superior, além de um dos maiores e mais respeitados divulgadores da Doutrina Espírita do mundo. Francisco Cândido Xavier nasceu em Pedro Leopoldo, no dia 2 de abril de 1910. Conhecido por Chico Xavier, desenvolveu diversos trabalhos de filantropia e foi um dos maiores médiuns brasileiros. Psicografou mais de 400 obras o que resultou em um acervo de diversos gêneros de literatura, tais como poemas e poesias, contos e crônicas, romances, obras de caráter científico, filosófico e religioso. De personalidade bondosa, se dedicou ao auxílio aos mais necessitados; o trabalho em benefício do próximo possibilitou ao médium a indicação, por mais de 10 milhões de pessoas, ao Prêmio Nobel da Paz de 1981.



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Imagem: "Francisco Cândido Xavier", disponível no site da FEB. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro amarelo, de foto do médium mineiro Francisco Cândido Xavier, de aparência jovem, cabelos lisos escuros e usando óculos de grau com lente mais escura;

1938 - Primeiro Centro Espírita de Goiânia/GO

Fundado o primeiro Centro Espírita da Cidade de Goiânia, o Estudantes do Evangelho, presidido por Romeu Pelá.

“Em 24 de Outubro de 1933, pelo Decreto nº 3359, de 19 de maio de 1933, lançava-se a pedra fundamental da Cidade de Goiânia. Às margens do Córrego Botafogo instalou-se um grande canteiro de obras para a construção da nova capital. Dentre os operários, migrantes de outros estados, alguns resolveram construir um barracão de madeira onde se reuniam para estudar a Doutrina Espírita. O Dr. Alcenor Cupertino, superintendente das obras se condoeu ao ver as condições precárias do ambiente do qual se serviam aqueles religiosos e concedeu-lhes uma área na Rua 3, entre as ruas 20 e 24 no Centro da Capital. Em 9 de Maio de 1938, inaugurava-se o primeiro Centro Espírita de Goiânia, com o nome de “Estudantes do Evangelho”.


Trecho retirado do site da FEEGO;

Imagem: Foto do Centro Espírita Estudantes do Evangelho, retirada da Revista Goiás Espírita - Ano 13, edição 32 publicada em 2009. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro azul, de foto de uma residência com arquitetura em estilo art deco da década de 30 (século 20), onde serviu de sede ao primeiro centro espírita da cidade de Goiânia - Goiás, o Estudantes do Evangelho.

1947 - Goiás Espírita

Publicado o primeiro número do jornal Goiás Espírita, mais tarde transformado em revista.

22.4 - O primeiro jornal espírita do Estado

“Durante vários anos o movimento espírita goiano contou somente com um jornal, o Goiás Espírita, fundado em 1947. A existência desse órgão de notícias é um fato que se reveste de grande significado, uma vez que sua criação se deu com a finalidade de desenvolver o congraçamento da família espírita e propugnar pela fundação da União Espírita Goiana.

Tão logo se consumou a fundação da União Espírita Goiana, o jornal foi transferido para a entidade mater do Espiritismo em Goiás. A atitude de seus diretores veio preencher uma lacuna existente nos estatutos da entidade uma vez que era um de seus propósitos a criação de um jornal. A transferência do Goiás Espírita ocorrida em março de 1952 foi um marco de grande significado para a história do Espiritismo em Goiás. Posteriormente o jornal foi transformado na Revista de mesmo nome (…).”


Trecho do livro: OS PRIMÓRDIOS DO ESPIRITISMO EM GOIÁS
Por Airton e Eurípedes Veloso.


Imagem: Foto tirada em agosto/2020 por Paulo César Ferreira dos Santos de um exemplar do Jornal Goiás Espírita, ano 11, publicado em agosto de 1970. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro vinho, de foto da capa de uma edição do jornal Goiás Espírita do ano de 1970.


1948 - União das Mocidades Espíritas de Goiânia - UMEG

Em abril, é fundada a UMEG inspirado pelo trabalho de Leopoldo Machado, grande incentivador da participação dos jovens nas atividades espíritas.

12.2 - Fundação da UEMG
"Fato de grande relevância no panorama da juventude espírita goiana foi o acontecido no dia 04 de abril de 1948, ou seja, a fundação da
União das Mocidades Espíritas de Goiânia - UEMG.

Revela-nos a história que trabalhadores do Centro Espírita Estudantes do Evangelho, à época, conseguiram reunir jovens trabalhadores com o objetivo de unir e integrar as Mocidades Espíritas, sendo que deste trabalho surgiram várias lideranças, inclusive futuros dirigentes de casas espíritas e diretores da futura Federação Espírita do Estado de Goiás - FEEGO, bem como evangelizadores, educadores, escritores e conferencistas.

Não obstante a criação da UMEG em terras goianas vale ressaltar que no mesmo clima de união da juventude espírita, ainda no ano de 1948, abnegados trabalhadores, dentre eles, Leopoldo Machado, criaram o que atualmente se conhece como Mocidades Espíritas, instituiu também as Escolas de Evangelização Infantojuvenis.

Leopoldo Machado foi um grande líder espírita e um grande incentivador da participação dos jovens nas atividades espíritas, fundando ele próprio a Mocidade Espírita de Iguaçu, a segunda mais antiga do Brasil. Leopoldo foi um dos grandes incentivadores das atividades espíritas voltadas para a juventude, tanto assim que se destacou como um dos grandes incentivadores do marcante evento de juventudes espíritas, o lº Congresso de Mocidades e Juventudes Espíritas do Brasil (Rio de Janeiro, julho de 1948)."


Trecho do livro: 100 anos depois... Kardec em Goiás
Por Eurípedes Veloso de Matos.


Ler a biografia de Leopoldo Machado ⇲

Imagem: Foto colhida em site acessado em 06/08/2020. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro verde claro, de foto do líder espírita Leopoldo Machado, com aparência de homem maduro, cabelos escuros e usando óculos de grau, terno claro e gravata escura;

1949 - Pacto Áureo

Em 5 de outubro, concretizava-se formalmente a unificação da família espírita brasileira, em acordo celebrado entre a FEB e várias Federações e Uniões Estaduais.


"Em 5 de outubro de 1949 concretizava-se formalmente a unificação da família espirita brasileira, velho sonho acalentado por sessenta anos, desde os esforços inicias de Bezerra de Menezes.

Precedera à Grande Conferência Espírita do Rio de Janeiro um Congresso Espírita Pan-Americano, que atraíra à antiga Capital da República muitos espíritas dirigentes de instituições estaduais. A ideia de aproveitarem a ocasião para se dirigirem à Federação Espírita Brasileira nasceu simultânea e espontaneamente em diversas mentes, buscando-se uma fórmula de entendimento entre todos os espiritistas, que exprimisse as aspirações de fraternidade, preconizada nos ensinos evangélicos, e de organização livre e responsável das instituições espíritas, isenta de imposições e personalismos.

Após entendimentos preliminares, foi marcado um encontro na sede da Federação, com sua Diretoria, ao qual compareceram os representantes das Federações e demais instituições estaduais. O encontro ficou conhecido como Grande Conferência Espírita do Rio de Janeiro, tendo sido lavrada a célebre Ata com os pontos essenciais sobre os quais se assentava o acordo da Unificação.

Os representantes das entidades estaduais, expondo os motivos e as esperanças de todos, elaboraram um esboço que continha determinados princípios e fórmulas para a Unificação, quando foram surpreendidos pelo presidente Antônio Wantuil de Freitas com um projeto de resolução por ele escrito um dia antes, no qual estavam atendidas todas as proposições dos representantes, acrescendo-se ainda outras não reivindicadas.

Os termos em que está vazada a Ata da Conferência são sintéticos e muito conhecidos dos espíritas. Impossível será, entretanto, descrever a emoção e a alegria vividas pelos presentes ao ensejo da feliz conclusão do acordo, alegria que encontrou ressonância nos corações dos espíritas sinceros, ao se espalhar a notícia do acontecimento por todo o Brasil.

Dentre as disposições contidas na Ata de 5 de outubro de 1949, pouco depois denominada Pacto Áureo, em feliz expressão de Lins de Vasconcelos, um de seus signatários, estava a da criação do Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira, em novas bases, incumbido de executar, desenvolver e ampliar os planos da Organização Federativa em que se assentava a estrutura organizacional do Espiritismo no Brasil.

Instalado e regulamentado logo no início do ano seguinte, o Conselho vem funcionando ininterruptamente desde então, prestando inestimável serviço à causa espírita, dirimindo dúvidas, fortalecendo os laços fraternos, orientando o Movimento, recomendando normas e diretrizes, aproximando instituições e contornando as incompreensões e imperfeições inevitáveis no mundo imperfeito em que vivemos.

É o Pacto Áureo a expressão mais lúcida de entendimento e concórdia entre cultores da Doutrina dos Espíritos, que podem divergir em pequenos e secundários pontos doutrinários, mas que não têm razão para fazer da divergência pomo de discórdia, de intransigência, intolerância e incompreensão. Ele veio compatibilizar a vivência da Doutrina dentro do princípio da liberdade, sem exclusão do amor fraterno, tornando viável o que parecia inconciliável."


Trecho retirado do site da FEB.

Ver mais sobre o Pacto Áureo ⇲


Imagem: Foto do documento oficial do Pacto Áureo retirado do site da FEB. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro vinho, de foto do documento oficial do Pacto Áureo, contento diversas assinaturas e o texto: O pacto Áureo - A unificação em torno da FEB;

1950 - Caravana da Fraternidade

O trabalho da Caravana da Fraternidade teve por finalidade divulgar os objetivos da unificação e colher adesões de onze Estados do Norte e Nordeste ao “Pacto Áureo”.

"Durante o ano de 1950: é desenvolvido o trabalho da “Caravana da Fraternidade” que teve por finalidade divulgar os objetivos da unificação e colher adesões de onze Estados do Norte e do Nordeste ao “Pacto Áureo”. Os caravaneiros Artur Lins de Vasconcelos, Ary Casadio, Carlos Jordão da Silva, Francisco Spinelli e Leopoldo Machado realizaram as visitas e contatos e levaram orientações sobre a divulgação do Espiritismo, estímulo às obras de assistência social e de ambientação doutrinária aos lares. Ao final, alguns “caravaneiros” visitaram Chico Xavier, em Pedro Leopoldo, no dia 11 de dezembro de 1950.

Durante a década de 1950: foram realizadas atividades de esclarecimento junto às instituições espíritas em geral sobre a importância e as diretrizes do trabalho de união dos espíritas e das instituições espíritas e de unificação do Movimento Espírita brasileiro.

Após a instalação do Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira, na sede da FEB, a lº de janeiro de 1950 — como desdobramento do Pacto Áureo —, havia a necessidade de se contar com o apoio e a participação dos estados que não haviam firmado o histórico documento. Nesta obra, Leopoldo Machado relata a histórica viagem aos estados do Norte e do Nordeste do país, realizada entre outubro e dezembro de 1950. Este movimento de aproximação, conhecido como “Caravana da Fraternidade”, foi organizado por alguns signatários do Pacto Áureo. Os caravaneiros Artur Lins de Vasconcelos (PR), Carlos Jordão da Silva (SP), Francisco Spinelli (RS), Ary Casadio (SP) e Leopoldo Machado (BA) saíram do Rio de Janeiro, no dia 31 de outubro de 1950, com destino a Salvador. Lins de Vasconcelos regressou de Recife, sendo substituído pelo confrade pernambucano Luiz Burgos Filho. Ary Casadio voltou de Fortaleza. Os demais caravaneiros seguiram até Belém e somente Leopoldo Machado e Luiz Burgos Filho foram a Manaus.


Trecho retirado do site da FEB.


Imagem: Foto tirada em agosto/2020 por Rosely Vicente de matéria sobre a "Caravana da Fraternidade" do Reformador, publicado em agosto de 1997. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro amarelo, de foto de 10 líderes espíritas em visita a cidade de Natal, Rio Grande do Norte, todos vestindo ternos e gravatas;

1950 - Fundação da União Espírita Goiana

Oficializada a fundação da União Espírita Goiana, posteriormente seria a FEEGO, tendo como primeiro presidente José Félix de Souza.


12.2 - Fundação da União Espírita Goiana

“Anos depois, em 1950, no dia 03 de outubro, por ocasião da 19ª Confraternização Mensal de Centros Espíritas e 6ª Reunião de Diretores da Agremiação Espírita Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, foi fundada a União Espírita Goiana, que mais tarde se tornaria Federação Espírita do Estado de Goiás.”


Trecho do livro: 100 anos depois... Kardec em Goiás
Por Eurípedes Veloso de Matos.



Assista o vídeo: A importância da fundação da União Espírita Goiana em 1950, com Edvard Corrêa ⇲

Saiba mais sobre a história da FEEGO ⇲


Imagem: Foto tirada em agosto/2020 por Rosely Vicente da capa do primeiro Estatuto da União Espírita de Goiana, de 1950. Acervo FEEGO. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro azul claro, de foto da capa do primeiro Estatuto da União Espírita Goiana, de 1950, já com aparência antiga;

1955 - Livro Memórias de um Suicida

“Com orientação do Espírito Léon Denis, o autor espiritual Camilo Castelo Branco, sob o pseudônimo Camilo Cândido Botelho, descreve à médium Yvonne Amaral Pereira sua dolorosa experiência após a desencarnação pelo suicídio. Com valiosos ensinamentos, o livro mostra a grandeza da Misericórdia divina para com os suicidas arrependidos, trazendo-lhes a oportunidade de conhecer o Universo e a vida em sua integral dimensão. A gênese planetária, a evolução do ser, a imortalidade da alma, a moral cristã e outros temas relevantes são estudados para a compreensão de que "nenhuma tentativa para o reerguimento moral será eficiente se continuarmos presos à ignorância de nós mesmos". A leitura completa da obra mostra que há um caminho de reconstrução para os arrependidos. Há sempre esperança, porquanto a reabilitação é possível.”

Sinopse do livro no site da FEB.


Yvonne do Amaral Pereira é uma das médiuns de maior destaque do Brasil. De berço espírita, a escritora começou a ver e ouvir espíritos com frequência a partir dos quatro anos de vida. O primeiro contato com os livros da Codificação veio anos depois, ainda na infância.


Ler biografia ⇲


Imagem: foto retirada do site da FEB. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro azul claro, de foto de uma senhora, a médium Yvonne do Amaral Pereira, com cabelos grisalhos curtos e  sorriso no rosto;

1957 - Selo Centenário do Espiritismo

Selo lançado pelos Correios em homenagem ao centenário do Espiritismo


Confira algumas das dúvidas mais frequentes sobre o que é o Espiritismo acessando este link ⇲


Imagem: Selo dos Correios homenagem aos 100 anos de Espiritismo (1957). Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro verde claro, de foto de um selo de cartas do Correios do Brasil, com a imagem de Allan Kardec, homem sério, com bigode e costeletas vestindo terno e gravata. Ao lado imagem do mapa mundo e o valor do selo;

1968 - Medicina e espiritualidade

Em março, fundação da Associação Médico-Espírita de São Paulo, concretizada na biblioteca do Hospital São Lucas sob as bênçãos do Dr. Bezerra de Menezes e Batuíra.


Associação Médico-Espírita de São Paulo – Fundação

A ideia da criação desta instituição deu-se nos idos de 1968, por um grupo de médicos que se reunia na casa do médium, Spartaco Ghilardi, à Rua Rosa e Silva, em São Paulo, e evidentemente só poderia ter sido “programada” antes da reencarnação. A 30 de março daquele ano, sua fundação foi concretizada na biblioteca do Hospital São Lucas, em São Paulo, sob as bênçãos do Dr. Bezerra de Menezes e Batuíra.

Mais tarde, por volta de 1995, foi criada a Associação Médico-Espírita do Brasil com o intuito de agregar todas as AMEs existentes em nosso país.

Desde a fundação da AME-SP, fizeram parte de seu quadro associativo, nos mais diversos cargos, espíritos da mais elevada consideração, como Antonio Ferreira Filho, Luiz Monteiro de Barros, Roberto Brólio, Reynaldo Kuntz Busch, Adroaldo Modesto Gil, Eurico Branco Ribeiro, Oswaldo Jesus de Oliveira Lima, Ary Lex, Elisete Santana, Luiz Carlos e Miguel Dorgan, Antonio Godinho de Mônaco, Maria Júlia e Ney Prieto Peres, Marlene Nobre, Abrahão Rotberg, Alberto Lyra, Ney Coutinho, Alfredo de Castro, Homero Pinto Vallada, Elisabeth Rezende Nicodemos, Marco Antonio Palmieri e Sérgio Felipe de Oliveira, somados a outros diversos colaboradores.

Desde 1980, a AME abraça também outras classes de profissionais liberais interessados na Área da Saúde ou em pesquisas afins, mantendo a exigência de que sejam espíritas kardecistas.


No ano de 2015 a AME-BRASIL comemorou seu aniversário de 20 anos com um grande evento em Goiânia, o MEDNESP que teve como tema: Ciência, saúde e espiritualidade. Os desafios e transformações no século XXI.


Imagem ilustrativa de reportagem sobre instituição espírita de saúde, publicada no Jornal Goiás Espírita, Ed. Nº304 – Agosto/1990. Acervo FEEGO. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro roxo, de foto de uma mulher que se apresenta como enfermeira dando um passe (vibração) em um enfermo deitado na cama sob lençóis brancos;

1971 - Pinga-Fogo

A década de 1970 iniciou-se com as duas entrevistas históricas a Chico Xavier, veiculadas pela extinta TV Tupi Canal 4 de São Paulo, no programa "Pinga-Fogo", a primeira na noite de 28 de julho, que conseguiu a maior audiência da história da TV brasileira, e a segunda na de 21 de dezembro de 1971, que também foi um grande sucesso de audiência. Assistido pelo Espírito Emmanuel, chico falou sobre mediunidade, reencarnação, família, homossexualismo, divórcio, educação e outros assuntos. O Jornalista Saulo Gomes escreveu um livro sobre as entrevistas, Pinga-Fogo com Chico Xavier publicado pela editora InterVidas.



Imagem: Foto tirada em agosto/2020 por Rosely Vicente do video de Pinga-Fogo. Filtro aplicado sobre o original.
Seta apontando para baixo, que vem da imagem superior, e linhas curvas na cor verde escura. Internamente há uma imagem circular, com filtro amarelo, de foto do médium mineiro Francisco Cândido Xavier, de aparência madura, cabelos lisos escuros, usando óculos de grau com lente escura e vestindo terno e gravata;

1975 - Novela A Viagem

Exibida pela Rede Tupi a primeira novela com temática espírita, “A Viagem”, de Ivani Ribeiro. Durante seis meses, no horário das 20h, a dramaturgia apresentou noções da doutrina espírita. Herculano Pires foi consultor de Ivani e mais tarde adaptou a novela para literatura publicando em 1976 um livro com o mesmo nome da produção campeã de audiência na TV. Em 1980, a Tupi reprisou A Viagem. A Globo fez grande sucesso com um remake de A Viagem, em 1994, escrito por Ivani com a colaboração de Solange Castro Neves.



Imagem: Foto tirada em agosto/2020 por Rosely Vicente do blog sobre a TV Tupi. Filtro aplicado sobre o original.

1978 - Obras da FEB - Brasília/DF

A segunda fase da construção da sede da Federação Espírita Brasileira, em Brasília, deu sequência ao conjunto arquitetônico de três edifícios onde hoje funciona a FEB. Foi neste ano que o edifício Unificação foi construído com três pavimentos, auditório polivalente, utilizado para conferências, estudos conjuntos, teatro ou sala de música; salão de reuniões do Conselho Federativo Nacional; Biblioteca de Obras Raras; Gabinete da Presidência; Redação da revista Reformador; além de salas destinadas a diversos setores administrativos da Casa. A construção foi custeada com recursos próprios da Federativa e contribuições dos espíritas. (com informações da FEB)

Fonte: FEB


Imagem: Fotografia publicada na revista Reformador em janeiro de 1978.Filtro aplicado sobre o original.

1979 - Pedra fundamental sede própria FEEGO

O evento da pedra fundamental da sede própria da FEEGO, no setor Marista, em Goiânia, aconteceu simultaneamente em outras dez capitais brasileiras onde cada federativa iniciava o projeto de construção de sua sede. O fato foi notícia na imprensa que destacou o crescimento do número de adeptos e a necessidade ampliar o espaço para atender à evangelização infantil, à juventude e à área de Estudo do Espiritismo.


Imagem: Foto tirada em agosto/2020 por Rosely Vicente de reportagem da Folha de Goiaz, de 18 de setembro de 1979. Filtro aplicado sobre o original.

1980 - Esperanto e Espiritismo

A FEB, Federação Espírita Brasileira, foi escolhida como guardiã de um Cartão postal datado de 1910, redigido de próprio punho pelo criador do Esperanto, Lázaro Luis Zamenhof destinado ao esperantista brasileiro, Prof. João Batista Melo e Sousa.

Encontrada dentro de um livro que havia pertencido ao Professor Melo e estava à venda em um sebo, a valiosa peça histórica é mais um laço fraterno entre o Movimento Espírita e as instituições responsáveis pela causa do esperanto no Brasil.

Para saber mais sobre o Esperanto no Movimento Espírita Brasileiro acesse o site da FEB ⇲


Imagem: Imagem retirada no site da FEB. Filtro aplicado sobre o original.

1983 - Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita - ESDE

Lançamento, pela FEB, do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita - ESDE.

Lançamento, pela FEB, do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita (1983), uma campanha institucional permanente visando divulgar o aprofundamento coletivo nos estudos da Doutrina espírita. As amigas Elzi e Elzita homenagearam o estudo do ESDE, que completou 35 anos, no ano de 2018. O Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita objetiva a consciência da análise aos conteúdos espíritas e a abrangência profunda dos aspectos filosófico, religioso e cientifico.


Confira algumas das dúvidas mais frequentes sobre o que é o Espiritismo acessando este link ⇲


Imagem: Identidade visual do ESDE - FEB. Filtro aplicado sobre o original.

1985 - Colônia Santa Marta

Visitas aos doentes de hanseníase eram realizadas, pelo menos uma vez ao ano, por Chico Xavier. A Colônia Santa Marta, em Goiânia, era uma instituição criada pelo Governo para o isolamento e tratamento de pessoas vítimas do que a população da época chamava de Lepra. O local ficava em festa com a chegada do médium espírita.

A jornalista Márcia Elizabeth, da TV Anhanguera, nas proximidades do Natal de 1980, entrevistou o médium Francisco Cândido Xavier, durante uma de suas visitas à Goiânia. Este fragmento da entrevista total pertence ao acervo do Prof. Múcio Melo Álvares.

Confira a entrevista ⇲


Imagem: Foto tirada do vídeo de entrevista com o médium Francisco Cândido Xavier. Filtro aplicado sobre o original.

1992 - Fundado o CEI

Fundado o CEI, que reúne entidades espíritas pelo mundo.

O CONSELHO ESPÍRITA INTERNACIONAL (CEI) foi constituído em 28 de novembro de 1992, em Madrid – Espanha. É um organismo de âmbito mundial, sem fins lucrativos, resultante da união das Entidades representativas dos Movimentos Espíritas Nacionais.

Missão

O CEI tem por missão promover a unificação do Movimento Espírita no mundo, com base nos princípios estabelecidos por Allan Kardec, mediante ação conjunta das instituições que o integram.


Visão

Ser reconhecido como Entidade atuante no mundo através de ações que propiciem a união dos espíritas, a unidade doutrinária e a qualidade do Movimento. Finalidades e Objetivos

Fundamentam-se no Espiritismo ou Doutrina Espírita, contida nas obras de Allan Kardec, e visam:

  • Promover a união solidária e fraterna dos espíritas e das instituições espíritas de todos os países, assim como a unificação do Movimento Espírita Internacional; Promover o estudo e a difusão do Espiritismo no mundo, em seus três aspetos básicos: científico, filosófico e moral-religioso;

  • Promover a paz e a prática da caridade espiritual, moral e material, à luz do Espiritismo.

  • Promover reuniões periódicas das Entidades Nacionais de Unificação que o constituam para o intercâmbio de informações e experiências;

  • Coordenar e promover a realização de cursos, encontros, simpósios e congressos espíritas internacionais, zelando pelos princípios doutrinários;

  • Cooperar com as Entidades Nacionais que o constituam, quando solicitado, na estruturação de suas atividades doutrinárias, assistenciais, administrativas, de divulgação, de unificação e outras de cunho espírita;

  • Promover a difusão do Espiritismo em todos os idiomas possíveis, por meio do livro em todas as suas apresentações, de campanhas e da utilização dos diversos meios de comunicação físicos e virtuais, existentes ou que vierem a existir, sempre compatíveis com os princípios da Doutrina Espírita;

Fonte: Texto copiado do site acessado em 21/08/2020 ⇲



Um ano antes da fundação do CEI ocorreu reunião promovida pela Comissão Provisória destinada a preparar e organizar uma Entidade Espirita Internacional, realizada em 19 de Outubro de 1991, em São Paulo.

Veja a declaração assinada pelos presentes ⇲


Imagem: Site do CEI. Filtro aplicado sobre o original.

1999 - 1˚ Congresso Espírita Brasileiro

Realizado pela FEB e FEEGO nos dias 1o, 2 e 3 de outubro. Tema central: O Espiritismo no Brasil: Ontem, Hoje e Amanhã – Ação de Confraternizar, Unificar e Divulgar. A conferência de abertura proferida por Divaldo Pereira Franco - História do Espiritismo, destacando as informações de Humberto de Campos, no livro “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”. Dentro do evento, comemorou- se o cinquentenário do Pacto Áureo. No encerramento, por meio de Divaldo Franco, o Espírito Adolfo Bezerra de Menezes.

"É nesse contexto que, no dia 6 de setembro de 1881, teve lugar o primeiro Congresso Espírita no Brasil, promovido pela Sociedade Acadêmica. No mesmo dia, uma comissão de espíritas foi recebida pelo Imperador Pedro II do Brasil, a quem entregou em mãos um documento com minuciosa exposição dos fatos e o pedido de que se fizesse justiça. O Imperador, na ocasião também teria afirmado: "Eu não consinto em perseguição".

Fonte: QUINTELLA, Mauro. História do Espiritismo no Brasil.


Imagem: Acervo da FEEGO. Filtro aplicado sobre o original.

2000 - Divaldo Franco na ONU

No Encontro de Líderes Religiosos e Espirituais pela Paz Mundial, promovido pela ONU, no ano 2000, foram signatários do Compromisso com a Paz Global, representando o Espiritismo, a Federação Espírita Brasileira - FEB, o Conselho Espírita Internacional - CEI e o médium e orador Divaldo Franco.


Ler Compromisso com a Paz Global - Documento ONU ⇲

Ler biografia ⇲

Imagem: Foto Divaldo Franco, acervo Mansão do Caminho. Filtro aplicado sobre o original.

2001 - Criação das Comissões Zonais

Mais tarde as Zonais receberam a denominação de Comissões Regionais, abrangendo duas ou mais regiões dos Conselhos Regionais. A partir do ano 2001 a Feego inicia reuniões sistematizadas com lideranças, trabalhadores e dirigentes espíritas de todas as regiões do Estado de Goiás.

Em Goiás existem hoje quinze Comissões Regionais e trinta e quatro Conselhos Espíritas Regionais – CERs - que reúnem Associados Federativos estabelecidos nas suas áreas de abrangência. Os Associados Federativos são as instituições espíritas do Estado de Goiás, que atendam os seguintes requisitos: expresse claramente em seu Estatuto sua orientação kardequiana; decida associar-se à FEEGO em um ato formal da sua Diretoria Executiva; tenha participação no movimento de unificação da FEEGO nos últimos 2 (dois) anos.

A Comissão Regional não é órgão deliberativo, já os Conselhos Espíritas Regionais têm essa atribuição garantida em Estatuto. Os coordenadores dos CERs, juntos com o presidente e o diretor de unificação da FEEGO constituem o Conselho Federativo Estadual - CFE, e tem por finalidade propor e coordenar as ações do movimento espírita do Estado de Goiás. O papel do Conselho Federativo Estadual é deliberativo em relação às ações do movimento espírita de unificação e consultivo em relação à gestão da FEEGO.

A competência do Conselho Federativo Estadual é definida no Art.31 do Estatuto. Conheça algumas delas: estabelecer as diretrizes para o movimento de unificação e divulgação do Espiritismo em Goiás; promover o intercâmbio de experiências e as ações destinadas à solução de problemas comuns às instituições espíritas do Estado; orientar a ação das diversas áreas de unificação nos Conselhos Espíritas Regionais; definir as áreas de atuação da FEEGO junto às instituições espíritas associadas.


Imagem: Mapa das Comissões Regionais, acervo da FEEGO. Filtro aplicado sobre o original.

2009 - Mostra Goiana de Cinema e Vídeo Espírita

A Mostra de Cinema e Vídeo Espírita iniciou as atividades em 2009 junto ao V Encontro Estadual de Comunicação Social Espírita, realizado em Goiânia, pela Federação Espírita do Estado de Goiás. Como parte da programação o NAVE - Núcleo de Audiovisual Espírita, parceiro da Feego no evento, realizou um debate buscando entender se o 'cinema espírita' era uma temática ou um gênero. Esse debate teve a participação do diretor, Glauber Filho do filme Bezerra de Menezes, o Diário de um Espírito, e do coordenador da área de comunicação social do Conselho Federativo Nacional, Merhy Seba.

Em 2010 o debate ocorreu em torno das 'obras literárias mediúnicas que estavam indo para o cinema', e as presenças ilustres foram o produtor paulista Oceano Vieira (E a vida continua...), do produtor cearense Luís Eduardo Girão (Bezerra de Menezes/ As mães de Chico Xavier), da produtora Iafa Britz (Nosso Lar), e de um dos diretores da ABRARTE - Associação Brasileira de Artistas Espíritas, Edmundo Cézar.


A Mostra foi criada tendo como um dos objetivos debater a respeito da temática espírita no audiovisual, e dar visibilidade para as obras produzidas em todo o país. A Mostra foi realizada por oito anos, sempre na cidade de Goiânia, em espaços públicos. Organizadores do evento contam que havia intensa produção de curtas, animações, documentários, videoclipes, mas não existia um evento para exibi-los e trocar experiências com outros produtores. Muitos destes trabalhos hoje estão no YouTube, no canal do Nave.

Texto com informações colhidas no link: http://www.oconsolador.com.br/ano6/264/entrevista.html


Assista o vídeo: Mostra Goiana de Cinema e Vídeo Espírita , com Lucas de Pádua ⇲

Imagem do arquivo pessoal de Lucas de Pádua, cedida à Feego. Filtro aplicado sobre o original.

2010 - Espiritismo no cinema - Nosso Lar

Nosso Lar (2010), alcançou a marca de mais de 4 milhões de espectadores nos cinemas.

Filme brasileiro dirigido por Wagner de Assis, com base no livro homónimo (Nosso Lar) pelo Espírito André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier, retrata a vida após a morte na colônia espiritual Nosso Lar. Foi distribuído pela 20th Century Fox e tem a trilha sonora composta por Philip Glass.

Outros filmes com temática espírita ou relacionados à fenômenos espíritas:


  • Joelma 23º Andar (1979), filme brasileiro dirigido por Clery Cunha e protagonizado por Beth Goulart, baseado na obra "Somos Seis", psicografada por Francisco Cândido Xavier. É o primeiro no país com temática espírita e o único que retratou o incêndio do Edifício Joelma que deixou 179 mortos e mais de 300 feridos (1 de fevereiro de 1974).

  • O Médium (1983), filme brasileiro dirigido por Paulo Figueiredo, narra a história de Adriano Jordão, um médico auxiliado espiritualmente em suas cirurgias.

  • Ghost (Ghost: Do Outro Lado da Vida - 1990) é um filme estadunidense do gênero romance, dirigido por Jerry Zucker e com roteiro de Bruce Joel Rubin. Estrelado por Patrick Swayze, Demi Moore e Whoopi Goldberg. Ganhou Óscar de Melhor Roteiro Original e de Melhor Atriz Coadjuvante.

  • O Espiritismo - De Kardec aos Dias de Hoje (1995), o filme brasileiro com atuação de Ednei Giovenazzi no papel de Allan Kardec e narração por Aracy Balabanian, traz uma visão geral sobre os preceitos básicos da Doutrina Espírita e sua contribuição para o progresso e a felicidade do ser humano. Abrangendo desde as obras que compõem a Codificação do Espiritismo por Kardec, ao Movimento Espírita do momento em que o filme foi lançado.

  • The Sixth Sense (O Sexto Sentido - 1999) é um filme estadunidense de horror psicológico, escrito e dirigido por M. Night Shyamalan. Conta a história de Cole Sear (Haley Joel Osment), um menino incomodado e isolado que é capaz de ver e falar com os mortos, e um psicólogo infantil igualmente perturbado (Bruce Willis), que tenta ajudá-lo. O filme foi indicado a seis Óscars, incluindo o de Melhor Filme.

  • Yesterday's Children (Minha Vida na Outra Vida - 2000), filme estadunidense baseado no livro autobiográfico de Jenny Cockell. O filme conta a história de Jenny (Jane Seymour), uma mulher que tem visões e sonhos de sua encarnação anterior, como Mary, uma mulher irlandesa que faleceu em 1932, aos 37 anos. Intrigada, Jenny viaja dos EUA para a Irlanda, em busca de seus filhos da encarnação passada.

  • Just Like Heaven (E se fosse verdade… - 2005) é um filme estadunidense do gênero comédia romântica, com temática espírita (desdobramento), estrelado por Reese Witherspoon, Mark Ruffalo e Jon Heder. É baseado no livro Et si c'était vrai de Marc Levy. Bollywood lançou o filme I See You com uma história similar.

  • Eurípedes Barsanulfo - Educador e Médium (2006), é um filme brasileiro do gênero documentário, dirigido por Oceano Vieira de Melo e narrado pelo ator Lima Duarte. Conta a história de Eurípedes Barsanulfo, um grande expoente do Espiritismo e da Educação Escolar no Brasil.

  • Bezerra de Menezes - O Diário de um Espírito (2008), filme brasileiro dirigido por Glauber Filho e Joe Pimentel. Narra a história de Bezerra de Menezes, o "médico dos pobres". Nas 27 semanas em que esteve em cartaz, de agosto de 2008 a março de 2009 foi visto por mais de 500 mil espectadores.

  • The Lovely Bones (Um Olhar do Paraíso - 2009), filme britânico-neozelandês-norte-americano dirigido por Peter Jackson, baseado livro homônimo escrito por Alice Sebold. O enredo mostra a história de uma menina que, depois de assassinada, ajuda o pai a desvendar o crime e passa por dificuldades em aceitar sua desencarnação.

  • Chico Xavier (2010), filme brasileiro protagonizado por Nelson Xavier e Ângelo Antônio. Narra a biografia do mais famoso e aclamado médium brasileiro, Francisco Cândido Xavier, tendo alcançado a marca de 3,5 milhões de espectadores nos cinemas.

  • Nosso lar (2010), filme brasileiro dirigido por Wagner de Assis, com base no livro homónimo (Nosso Lar) psicografado por Francisco Cândido Xavier, retrata a vida após a morte na colônia espiritual Nosso Lar. Foi distribuído pela 20th Century Fox e tem a trilha sonora composta por Philip Glass. Alcançou a marca de mais de 4 milhões de espectadores nos cinemas.

  • As Cartas Psicografadas por Chico Xavier (2010), filme brasileiro do gênero documentário, dirigido por Cristiana Grumbach mostrando o testemunho de famílias que receberam notícias de seus entes queridos falecidos por meio de cartas psicografadas por Francisco Cândido Xavier. Foi selecionado para participar da mostra competitiva do 3º Festival Paulínia de Cinema, para o 38º Festival de Cinema de Gramado e para a 5ª Mostra de Cinema de Ouro Preto.

  • As Mães de Chico Xavier (2011), filme brasileiro dirigido por Glauber Filho e Halder Gomes, com roteiro dos mesmos diretores baseado no livro "Por Trás do Véu de Ísis", de Marcel Souto Maior. Narra a história de três mães que, após perderem os filhos, recorrem a Francisco Cândido Xavier na esperança de receberem mensagens do plano espiritual.

  • Hereafter (Além da Vida - 2011), filme estadunidense dirigido por Clint Eastwood, mostra o ator Matt Damon como um médium que passa por dificuldades em conviver com seu dom e a atriz Cécile de France como uma jornalista que passa por uma experiência de quase-morte no tsunami de 2004.

  • O Filme dos Espíritos (2011), filme brasileiro com o roteiro livremente baseado em "O Livro dos Espíritos" (primeira obra da Codificação Espírita). Conta a história do psiquiatra Bruno Alves (Reinaldo Rodrigues), que após perder a mulher, vítima de câncer, se vê completamente abalado e com vontade de se suicidar, até que ele entra em contato com "O Livro dos Espíritos" e daí então começa uma jornada em busca de sua felicidade a partir da compreensão da vida espiritual pelo Espiritismo.

  • E a Vida Continua... (filme) (2012), filme brasileiro dirigido por Paulo Figueiredo, com base no livro homônimo (E a Vida Continua...) psicografado por Francisco Cândido Xavier. Narra a trajetória do casal Ernesto e Evelina após a morte.

  • Causa & Efeito (2014), filme brasileiro dirigido André Marouço, com Matheus Prestes, Luiz Serra e Rosi Campos no elenco. O policial Paulo (Matheus Prestes) enfrenta um grande trauma, após perder a esposa e o filho em um acidente de carro. Ele não consegue aceitar o fato de que o responsável pelo crime não tenha sido punido, e acaba decidindo fazer justiça com as próprias mãos. Paulo passa a matar outras pessoas, mas não consegue assassinar Madalena, quando descobre a sua triste história de vida. Os dois se apaixonam e fogem juntos, usando as palavras de um padre, um pastor e um espírita para reconstruir as suas vidas.


  • Kardec (filme) (2019), filme brasileiro do gênero drama biográfico, dirigido por Wagner de Assis para a Conspiração Filmes, com roteiro dele e L. G. Bayão baseado na biografia Kardec - A Biografia, escrita por Marcel Souto Maior. A história do educador francês Hypolite Leon Denizard Rivail, reconhecido mais tarde como Allan Kardec. Além de tradutor e escritor, Kardec é conhecido por ter decodificado o espiritismo, uma das religiões mais praticadas no Brasil. Ele escreveu os cinco livros que compõem a Codificação da Doutrina Espírita, entre eles O Evangelho segundo o Espiritismo e O Livro dos Espíritos.

  • Divaldo – O Mensageiro da Paz (2019), filme brasileiro retrata a obra do médium baiano Divaldo Pereira Franco. Nascido com um dom e guiado pela espiritualidade, fez do amor sua vida e da caridade sua missão.


Fonte: Dados colhidos no link https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lista_de_obras_audiovisuais_relacionadas_a_fen%C3%B4menos_esp%C3%ADritas#Filmes

Imagem: Cartaz do filme Nosso Lar. Filtro aplicado sobre o original.

2012 - Semana Espírita de Goiânia

De 23 a 30 de setembro aconteceu a primeira Semana Espírita de Goiânia, com o tema: Viver em Família - Conviver e Amar.


Imagem: Cartaz de divulgação da 1a. Semana Espírita de Goiânia, acervo FEEGO. Filtro aplicado sobre o original.

2013 - Conbraje em Goiânia

No dia 30 de maio foi iniciada a Confraternização Brasileira de Juventudes Espíritas – Comissão Regional Centro, em Goiânia, promovida pelo Conselho Federativo Nacional da FEB, e operacionalizada por sua Área de Infância e Juventude. Comparecem cerca de 400 jovens representantes das Entidades Federativas Estaduais de Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Tocantins. No primeiro dia, ocorreram atividades iniciais sobre o estudo do tema central “Senhor, que queres que eu faça?” oficinas de trabalho sobre a música tema do evento e confecção de estandartes das representações estaduais.

Na noite houve a abertura com apresentações sobre o resultado das oficinas de trabalho, apresentação musical da equipe de Mato Grosso e saudações pelos dirigentes das Entidades Federativas Estaduais, coordenadora da Área de Infância e Juventude, secretário da Comissão Regional Centro do CFN, secretário geral do CFN e do presidente da FEB. O evento prossegue até o dia 2 de junho.


Fonte: site da FEB


Histórico das CONBRAJEs – Confraternização de Juventudes Espíritas
Antonio Cesar Perri de Carvalho (*)

A postulação inicial para a realização de evento jovem reunindo a região centro do país ocorreu durante a Reunião da Comissão Regional Centro do Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira, nos dias 15 a 17 de maio de 2009, em Brasília. Na reunião plenária do evento, realizada na sede da Federação Espírita do Distrito Federal, o representante do Departamento de Infância e Juventude da Federação Espírita do Estado de Goiás Eduardo Vieira explicitou uma proposta neste sentido. Os integrantes da mesa – presidente da FEB Nestor João Masotti, vice-presidente Altivo Ferreira e o secretário geral do CFN Antonio Cesar Perri de Carvalho – manifestaram-se, em tese, favoráveis à realização de um estudo sobre tal proposta e consideraram a histórica experiência exitosa das Concentrações de Mocidades Espíritas do Brasil Central e Estado de São Paulo (COMBESP), efetivadas entre 1948 e 1966. Aliás, os três citados integrantes da mesa participaram do referido conclave. Este evento teve muita importância no estímulo para a valorização de novas lideranças.1

O entusiasmo dos jovens da FEEGO se fez presente também quando uma caravana de 25 jovens, coordenada por Eduardo Vieira, diretor do DIJ daquela Federativa visitou a reunião do CFN, na sede da FEB, no dia 7 de novembro de 2010. Na oportunidade foram saudados pelo presidente da FEB, apresentados pelo presidente da FEEGO Aston Brian Leão, e o citado diretor do DIJ saudou o CFN. Também foram entusiasticamente saudados por vários membros do CFN.2

Por decisão do Conselho Federativo Nacional da FEB, em sua reunião de novembro de 2010, foi definido que “o tema juventude espírita deve ser amplamente analisado, levando-se em consideração os aspectos sociológicos, psicológicos, antropológicos e educacionais dos tempos atuais e suas relações e impactos com o Movimento Espírita; o tema será discutido na reunião dos dirigentes das Comissões Regionais já em 2011...”2

Na Reunião da Comissão Regional Centro do CFN da FEB, realizada em Vitória de 27 a 29 de maio de 2011, já se iniciaram os preparativos para a realização do então designado “1º Encontro de Juventudes Espíritas da Comissão Regional Centro”, apresentado pelo DIJ/FEEGO, o que foi aprovado na reunião dos dirigentes.3 Em seguida, em nível da Área de Infância e Juventude do CFN da FEB e presidência da FEB definiu-se uma designação genérica para tal evento, acrescentando-se o nome da região, por exemplo: Confraternização Brasileira de Juventudes Espíritas – Centro.

Finalmente, o evento inicial – a CONBRAJE-Centro - ocorreu na cidade de Goiânia, com patrocínio do CFN da FEB e apoio da FEEGO, em Goiânia, nos dias 30 de maio a 2 de junho de 2013. Compareceram ao conclave cerca de 400 jovens representantes das Entidades Federativas Estaduais do Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins e também coordenadores de infância e juventude das Federativas de outras regiões do país. Na abertura ocorreram saudações do presidente da FEB, do secretário geral do CFN da FEB, do secretário da Comissão Regional Centro do CFN da FEB e dos dirigentes ou representantes das Federativas citadas. O tema central “Senhor, que queres que eu faça?” foi desenvolvido de maneira dinâmica com oficinas de trabalho, palestras e apresentações teatrais e musicais. Houve ambiente de muito entusiasmo por parte dos jovens presentes. Atuaram como expositores Sandra Maria Borba Pereira (RN) e o presidente da FEB, Antonio Cesar Perri de Carvalho.4

Como reflexo imediato, poucos dias depois, durante a 6ª. Marcha Nacional Em Defesa da Vida – Brasil sem Aborto, realizada em Brasília, estavam presentes jovens ligados aos DIJs da FEB e da FEDF, os quais nos procuraram e comentaram: “Isso é efeito da CONBRAJE!”.

Nas reuniões das Comissões Regionais do CFN da FEB, durante o ano de 2014, já se definia a realização das CONBRAJEs Sul e Nordeste, respectivamente, nos Estados de São Paulo e Pernambuco, para o 2º semestre do ano de 2015 e uma proposta inicial para a CONBRAJE-Norte, para o ano de 2016.

O conjunto desses eventos juvenis e o protagonismo juvenil explicitado no documento “Diretrizes para ações da juventude espírita do Brasil”, aprovado na reunião do CFN da FEB, em novembro de 2013, poderão contribuir significativamente para a dinamização das juventudes e a integração delas no Centro e no Movimento Espírita.5


Fontes:

1) Carvalho, Antonio Cesar Perri. Juventude espírita: antecedentes históricos e primeiros tempos. Revista Internacional de Espiritismo. Edição de julho de 2015. E: http://www.redeamigoespirita.com.br/profiles/blogs/juventude-esp-ri...

2) Ata da Reunião Ordinária do Conselho Federativo Nacional realizada em Brasília. Reformador. Edição especial de maio de 2011.

3) Reunião da Comissão Regional Centro. Reformador. Edição de agosto de 2011.

4) Confraternização Brasileira de Juventudes Espíritas – Conbraje. Reformador. Edição de julho de 2013.

5)http://www.febnet.org.br/wpcontent/uploads/2014/02/DIRETRIZES_PARA... (consulta em 21/7/2015).

(*) – Foi secretário geral do CFN da FEB de 2004 a 2012 e presidente da FEB entre 2012 e 2015 (entre interinidade e como efetivo).


Imagem: Cartaz de divulgação do Conbraje, acervo FEEGO. Filtro aplicado sobre o original.

2017 - 40 anos de Evangelização Infantil

Há 40 anos, no dia 9 de outubro de 1977, relevante ação consolidava os propósitos do Alto, sob o tema: “A criança e o jovem reclamam direção no bem”. A Campanha Nacional de Evangelização Espírita Infantojuvenil era aprovada e lançada pelo Conselho Federativo Nacional (CFN) com o objetivo de motivar o meio espírita para uma ampla conscientização quanto à necessidade da Evangelização, enfatizando o convite: “Evangelize: coopere com Jesus”. O compromisso assumido e unificado em âmbito nacional, estadual e local resultou na sua transformação em “Campanha Permanente” em 1978, intensificando as ações de divulgação e sensibilização entre os diferentes públicos, incluindo dirigentes de centros espíritas, evangelizadores, familiares, jovens e crianças. […]

A tarefa da Evangelização Espírita nos convida a prosseguir e avançar, confiar e investir, preparar e zelar, semear e acompanhar, aprender e servir, sempre inspirados na mensagem de Jesus: “[…] Ide e evangelizai a todas as gentes […]” (Marcos, 16: 15 a 20). Fortaleçamo-nos, semeadores do Amor, nos propósitos da união e da unificação no campo da Evangelização Espírita, compreendendo o Ide como permanente convite ao Movimento, aos passos direcionados ao campo fértil; o evangelizai como difusão e vivência plena do Evangelho de Jesus, consolidando a sublime sementeira; e a todas as gentes como concepção inclusiva e global, de forma a reconhecer a todos, indistintamente, como beneficiários da ação iluminativa. Sigamos, pois, confiantes, envoltos em júbilo e gratidão por participarmos dessa profícua e bela semeadura! E, como nos orientou o Espírito Pedro de Alcântara: “Aproveitemos, filhos, esta hora de generosa germinação e veremos florescer a Terra do Evangelho para o Mundo!”

Ler o artigo completo na revista Reformador ⇲



HISTÓRIA DA EVANGELIZAÇÃO ESPÍRITA DA INFÂNCIA EM GOIÁS

Em 1949 o jornal Goiás Espírita noticiava que as escolas de evangelização, que na época eram chamadas de escolas dominicais, chegaram a ter mais de quatrocentas crianças.

Tendo em vista o crescimento de crianças na evangelização, foi organizado pelo Departamento de Evangelização da União Espírita, (hoje, Federação Espírita do Estado de Goiás), em 21 de março de 1954, o 15º Congresso Infantil.

Em 2009 na gestão do presidente Aston Brian Leão, criou-se a equipe Semeadores, com a finalidade de melhor estruturar e unificar o trabalho de evangelização da Infância no Estado de Goiás. Sob a coordenação de Maria Isabel Paulino (tia Bel), a equipe viajava o estado levando as diretrizes da tarefa através dos Encontros Regionais, de seminários, cursos de formação e Congressos, o que continua a fazer até a presente data.

Em 2011, após o desencarne de tia Bel, a equipe passou a ser coordenada por Cíntia Vieira, dando continuidade ao trabalho.

Ir para o site dos Semeadores ⇲

Imagem: Cartaz da Campanha Permanente de Evangelização Espírita Infantojuvenil - FEB, acervo FEEGO. Filtro aplicado sobre o original.

2019 - O Livro Espírita

“O livro espírita é dos maiores veículos de divulgação da Doutrina codificada por Allan Kardec, levando a mensagem para as mais longínquas partes do mundo.”[1]

A centenária e respeitável instituição Federação Espírita Brasileira (FEB) desde seus primórdios no final do século XIX, quando foi fundada, já se ocupava com importantes serviços para promover a divulgação do espiritismo.

O cuidado em preservar a documentação arquivística, a fundação da primeira livraria, a organização da biblioteca e a publicação das obras sob os seus auspícios constituíram impactantes iniciativas da Casa de Ismael até meados do século XX, quando se instalou o parque gráfico da Federação e inaugurou-se, na gestão de Wantuil de Freitas, o que ficou internamente conhecido como “a cidade do livro”.

O livro foi o principal veículo de difusão doutrinária. E, não obstante o desenvolvimento científico e tecnológico, com a invenção de poderosas mídias eletrônicas e digitais, guardou em seu conceito a admirável capacidade adaptativa de acompanhar a evolução dos tempos e permanecer atual e imprescindível ao registro, resgate e estudo de informações, assim como à aquisição e prospecção de conhecimentos transformadores de costumes e culturas sociais e espirituais.

Atribuídas a Mário Quintana, as felizes expressões: “Os livros não mudam o mundo; as pessoas mudam o mundo; os livros mudam as pessoas” apresentam, com inteligência, a extraordinária missão desse companheiro de todas as horas, nos mais diversificados formatos, sempre com o propósito de ilustrar, esclarecer e consolar, intermediando os saberes acumulados no processo de evolução antropossociopsicológica e espiritual do ser humano nas variadas fases porque atravessou a humanidade.

O livro é o médium da informação, do conhecimento e da sabedoria. E o livro espírita possui a importante missão de espargir luzes de esclarecimento e consolação a todas as mentes sedentas de explicações e àquelas em busca de entendimentos, bem como aos corações aflitos que anseiam apaziguar sofrimentos e encontrar alívio aos seus pesares.

Ciência, filosofia, religião, história, arte e educação são algumas das facetas exploradas por esse veículo disseminador da luz em páginas encardidas pelo tempo na vestimenta de obras raras e valiosas, como as que podem ser pesquisadas na biblioteca da FEB, fisicamente em Brasília, ou pelo portal www.febnet.org.br – pesquisas – obras raras.

Entretanto, o livro também se apresenta com nova roupagem, seja no conteúdo ou na forma de apresentação, encantando crianças, despertando o interesse de jovens, educando adultos e estimulando a esperança ao segmento cada vez mais numeroso da população mundial de pessoas na terceira idade.

A FEB Editora, mantendo “o tradicional ainda mais bonito”, preserva o conteúdo espírita de excelência, com rigorosa base nas obras organizadas por Allan Kardec, e inova com o atual conceito editorial de reunir em um mesmo produto a profundidade e a acessibilidade, a seriedade e a leveza em projetos gráficos arrojados que refletem beleza, harmonia e utilidade.

Reedições com novas diagramações e oportunos lançamentos somam-se, em trabalho de equipe, para constituir o precioso catálogo da maior editora espírita do Brasil e do planeta, com a profícua produção do “livro espírita para um novo mundo”.

Reconhecemos, com a humildade que ainda precisamos conquistar, que nossa atuação em prol da difusão doutrinária é diminuta se comparada com as oportunidades de trabalho e aprendizado que constantemente recebemos da Bondade Divina.

O espiritismo merece esse empenho da FEB Editora e, você, amigo leitor, também é digno de nossa atenção e carinho na oferta do melhor livro espírita que pudermos publicar.


Fonte: [1] FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA. Departamento de Infância e Juventude. Currículo para as escolas de evangelização epírita infantojuvenil. 2. ed. Rio de Janeiro, 1998. cap. 4

Imagem: Foto tirada por Rafael Ortence da fachada da FEEGO Livraria em novembro/2019, acervo FEEGO. Filtro aplicado sobre o original.

2020 - Coronavirus - O que o Espiritismo ensina

"Cuidemos dos nossos corpos, seguindo as orientações dos profissionais de saúde. Mas acima de tudo, mantenhamo-nos em paz e em harmonia."
Marta Antunes


Uma nova pandemia, conhecida como Coronavírus


15 de julho 2020
Por
Marta Antunes Moura

A Doutrina Espírita ensina que a felicidade humana está na razão direta do cumprimento da Lei de Deus, Lei Natural ou Lei da Natureza, que “é eterna e imutável como o próprio Deus” O nosso desafio é, pois, conhecer as leis divinas que, a despeito de estarem inscritas na consciência nem sempre conseguimos identificá-las ou compreendê-las, em razão da nossa notória imperfeição espiritual.

Essa imperfeição apresenta a dificuldade de ainda não sabermos distinguir o bem do mal, cujo aprendizado somente é adquirido ao longo das reencarnações sucessivas e dos subsequentes estágios no plano espiritual. Desenvolvido o necessário discernimento entre o que é bom e o que é ruim, de acordo com esta orientação: “O bem é tudo o que é conforme a Lei de Deus, e o mal é tudo o que dela se afasta […]”3, passamos a agir de acordo com os princípios da moral, entendida como sendo “[…] a regra do bem proceder, isto é, a distinção entre o bem e o mal. Funda-se na observação da Lei de Deus. O homem procede bem quando faz tudo pelo bem de todos, porque então cumpre a Lei de Deus. ” Fazer tudo pelo bem dos outros é a linha mestra do aprendizado intelecto-moral que impulsiona o ser imortal aos píncaros evolutivos. É a regra de ouro, assim anunciada pelo Cristo: “Tudo aquilo, portanto, que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles, pois essa é a Lei e os Profetas. ”

Como os processos de melhoria espiritual exigem dedicação, esforço e persistência, ou seja, “suor e lágrimas”, o grande empreendimento do indivíduo transformar-se em pessoa melhor se faz por meio da superação das provações existenciais, que se revelam cada vez mais desafiantes à medida que surgem novos aprendizados. As provações fazem parte da caminhada evolutiva da vida, que transcorre, naturalmente, nos dois planos existenciais, que lembram uma corrida de superação de obstáculos. É, pois, equívoco acreditar que ocorrências provacionais, como os flagelos destruidores, naturais ou provocados, sejam catalogados como castigo ou punição divina. Quem assim pensa tem de Deus uma ideia antropomórfica (forma ou características humanas – Dic. Aurélio) e se fundamenta em preceitos teológicos arcaicos, visto que Deus, como ensinou Jesus à samaritana, “Deus é Espírito, e aqueles que o adoram devem adorá-lo em espírito e em verdade” (João, 4:24). É desse modo que Ele é nosso Pai e Criador: “Deus é soberanamente justo e bom. A sabedoria providencial das leis divinas se revela nas menores como nas maiores coisas, e essa sabedoria não permite que se duvide nem da sua justiça, nem da sua bondade. ”

As catástrofes e doenças que atingem a Humanidade ao longo da história da civilização sempre resultaram (e resultam) em perdas e sofrimentos de diferentes gradações. No momento atual, estamos, no planeta, sob o peso de uma pandemia, o Coronavírus. É comum, então, diz Allan Kardec, ouvir-se a voz geral de que “[…] são chegados os tempos marcados por Deus, em que grandes acontecimentos se vão dar para a regeneração da Humanidade. Em que sentido se devem entender essas palavras proféticas? […].” Indaga ele, que prossegue em suas análises ao afirmar:

Tudo é harmonia na Criação; tudo revela uma previdência que não se desmente nem nas menores, nem nas maiores coisas. Temos, pois, que afastar, desde logo, toda ideia de capricho, por ser inconciliável com a Sabedoria Divina. Em segundo lugar, se a nossa época está designada para a realização de certas coisas, é que estas têm uma razão de ser na marcha do conjunto.

O Codificador complementa as suas sábias ideias com estas ponderações:

Isto posto, diremos que o nosso globo, como tudo o que existe, está submetido à lei do progresso. Ele progride fisicamente, pela transformação dos elementos que o compõem, e moralmente, pela depuração dos Espíritos encarnados e desencarnados que o povoam. Esses dois progressos se realizam paralelamente, visto que a perfeição da habitação guarda relação com a do habitante. Fisicamente, o globo terrestre tem sofrido transformações que a Ciência tem comprovado e que o tornaram sucessivamente habitável por seres cada vez mais aperfeiçoados. Moralmente, a humanidade progride pelo desenvolvimento da inteligência, do senso moral e do abrandamento dos costumes. Ao mesmo tempo que o melhoramento do globo se opera sob a ação das forças materiais, os homens concorrem para isso pelos esforços da sua inteligência. Saneiam as regiões insalubres, tornam mais fáceis as comunicações e mais produtiva a terra.

As enfermidades e as catástrofes ambientais ─ terremotos e maremotos, ciclones e furações, tempestades e enchentes, seguidas de secas severas, deslocamento de placas tectônicas e geleiras, ataques de meteoros e meteoritos, são cometimentos usuais. Não restam dúvidas de que são ocorrências de caráter verdadeiramente destruidor, ceifando milhões de vidas, mas que, com o desenvolvimento da inteligência e da moralidade, serão cada vez mais amenizadas.

O caráter avassalador das doenças manifesta-se sob três aspectos: pandêmico, epidêmico e endêmico. Diz-se pandemia quando uma doença infecciosa se espalha por diversas localidades do mundo, atingindo países e continentes.1 Exemplo: O coronavírus, cujo agente infeccioso é um vírus denominado Covid-19 em que Covid= Corona Virus Disease (doença do coronavírus), enquanto 19 se refere ao ano de 2019, quando os primeiros casos ocorridos em Wuhan, na China, foram divulgados publicamente pelo governo chinês, no final de dezembro. O vírus é SARS-CoV-2 (um coronavírus). Epidemia indica ocorrência de doença em área geográfica mais circunscrita. “O número de casos que indica a existência de uma epidemia varia com o agente infeccioso, o tamanho e as características da população exposta, sua experiência prévia ou falta de exposição à enfermidade e o local e época do ano em que ocorre. ” Exemplo: Dengue é uma doença epidêmica no Brasil, de predominante ocorrência nos meses de verão, provocava por um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Endemia, por sua vez, “é a presença continua de uma enfermidade ou de um agente infeccioso em uma zona geográfica determinada. ” Exemplo: malária, cujo agente infecioso é um parasito da família Plasmodium. A Região Amazônica brasileira é considerada a área endêmica do país para malária, com 99% dos casos autóctones.

Uma pandemia acontece quando ocorre a associação de três fatores: a) aparecimento de uma nova doença ou variedade (mutação) da forma de uma doença se expressar); b) o agente possui elevado poder de virulência – refere-se à gravidade de uma doença ocasionada por um agente infeccioso; c) o agente infectante apresenta elevado poder de transmissão entre os humanos. É o caso da Covid-19.

Cientistas, acadêmicos e profissionais da saúde se unem no mundo inteiro, cada vez mais, em busca de soluções contra as enfermidades infeciosas e transmissíveis que, se antes demoravam décadas para serem solucionadas ou administradas, agora as pesquisas e soluções alcançam meses. Ante esse esforço comum, muitas doenças graves são controladas ou até erradicadas. A varíola, por exemplo, popularmente conhecida como “bixiga”, foi erradicada do planeta desde 1980, com a campanha de vacinação em massa. Entretanto, a doença atormentou a Humanidade por mais de três milênios. A cólera, outra doença persistente em vários países teve uma ação epidêmica em 1817, matando centenas de milhares de pessoas. É doença provocada pela bactéria Vibrio cholerae, que retornou com força no final do século passado sendo, porém, logo contida. Da mesma forma, a peste bubônica, uma doença que ocorre desde a Antiguidade, ainda persiste nos dias atuais, pois o agente etiológico, a bactéria Yersinia pestis, sofre mutações ocasionais. Acredita-se que 40 a 50 milhões de pessoas tenham morrido no mundo da pandemia da gripe espanhola, provocada pelo vírus da influenza que, entre 1918-1920 teria infectado 500 milhões de pessoas, um quarto da população mundial, aproximadamente. A despeito dos intensos esforços dos cientistas, e no Brasil se destaca o notável trabalho do médico Carlos Chagas, a vacina só foi produzida em 1944.

Essa visão panorâmica dos processos de melhoria espiritual que o ser humano enfrenta, em decorrência de tragédias e catástrofes que atingem a Humanidade, é consequência natural da Lei do progresso, que o faz evoluir intelectual e moralmente. Nada tem de punitivo nem reflete “ação demoníaca” como querem certas interpretações religiosas, que chegam até em falar no juízo final, perante o qual os habitantes da Terra serão submetidos a um último julgamento (juízo final ou fim do mundo), caracterizado pela separação “dos bodes e das ovelhas” (Mateus, 25:31-46). Trata-se, obviamente, de metáfora que indica o resultado das mudanças que a Humanidade terrestre vivencia durante a era da transição, necessárias para que possa viver em outro nível evolutivo, o da era da regeneração, cujo lema será “um só rebanho e um só pastor” (João, 10:10) e apenas uma bandeira estará tremulando em todas as regiões da Terra: Fora da caridade não há salvação.

Emmanuel esclarece que é “possível, porém, avançar mais longe, além da letra e acima do problema circunstancial de lugar e tempo. Mobilizemos nossa interpretação espiritual” instrui o solícito benfeitor. O momento atual exige de cada um de nós uma certa dose de reflexão e discernimento, agindo com prudência no pensar, falar e agir, como também aconselha Emmanuel:

É indispensável procurar o Amigo Celeste ou aqueles que já se ligaram, definitivamente, ao seu amor, antes dos períodos angustiosos, para que nos instalemos em refúgios de paz e segurança.

A disciplina, em tempo de fartura e liberdade, é distinção nas criaturas que a seguem; mas a contenção que nos é imposta, na escassez ou na dificuldade, converte-se em martírio.

O aprendiz leal do Cristo não deve marchar no mundo ao sabor de caprichos satisfeitos e, sim, na pauta da temperança e da compreensão.

O pensamento é força criadora. Se desejamos saúde, é indispensável que nossos pensamentos sejam predominantemente saudáveis. Se desejamos o bem, é imprescindível não somente falar no bem, mas pensar no bem e agir no bem. Somente quando percebermos, em cada criatura humana, verdadeiramente, nosso irmão ou irmã, estaremos imunizados contra as agressões viróticas, que começam nos pensamentos em desarmonia. Cuidemos, sim, dos nossos corpos, usando máscara ao sair de casa, lavando bem as mãos e rosto com sabão, higienizando os objetos que tocarmos…. Enfim, seguindo com rigor as recomendações dos profissionais de saúde. Mas acima de tudo, mantenhamo-nos em paz e em harmonia com todos os seres da criação, a começar pelo nosso próximo, reflexo do que somos e do que lhe fazemos. E não nos esqueçamos, jamais, de que Deus, como Pai amoroso, sempre age em prol do nosso bem, seus filhos imortais que vivem e evoluem entre dois mundos, o físico e o espiritual.

Fonte: texto originalmente publicado no site da FEB


Imagem: Filtro aplicado sobre o original.

2020 - Saúde Mental - Hospitais Espíritas

“Um hospital espírita deve ser um lar de Jesus. Seu aparelhamento é uma maquinaria divina, exigindo idêntica superioridade nos operários chamados a movimentar-lhe as peças, de modo a que se não deturpe a grandeza profunda dos fins.”
Emmanuel


Hospitais Espíritas

“Um hospital espírita deve ser um lar de Jesus. Seu aparelhamento é uma maquinaria divina, exigindo idêntica superioridade nos operários chamados a movimentar-lhe as peças, de modo a que se não deturpe a grandeza profunda dos fins. ” Emmanuel

O Texto abaixo é um trecho recortado da Tese de Doutorado apresentada ao Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas sob a orientação da Prof. Dra. Eliane Moura da Silva. (jan/2007). "Uma Fábrica de Loucos": psiquiatria x espiritismo no brasil (1900-1950): Uma Reflexão sobre o Dualismo Epistemológico da Psiquiatria Clínica entre a Organogênese e a Psicogênese dos Transtornos Mentais (Angélica Aparecida Silva de Almeida)

Fonte: texto originalmente publicado no site da FEB

acessado em 25/09/2020 http://www.amebrasil.org.br/2018/?q=banco-de-teses

OS HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS ESPÍRITAS

Pouco tempo após os psiquiatras assumirem o controle das unidades hospitalares, destinadas ao tratamento dos portadores de transtornos mentais, os espíritas também começaram a fundar instituições com o mesmo objetivo. Entre os anos de 1918-40, identificamos cinco hospitais psiquiátricos espíritas que foram inaugurados, além de outros que estavam em fase de construção.

Segundo Aubrée e Laplantine (1990), “uma das maiores contribuições do Espiritismo brasileiro para o Espiritismo mundial” (p.210) foi o desenvolvimento das implicações terapêuticas, notadamente médicas e psiquiátricas, contidas nas obras de Allan Kardec. O movimento espírita no Brasil organizou uma ampla rede de terapias complementares, numa dimensão que não foi encontrada em nenhum outro país. Deste modo, uma especificidade do Espiritismo brasileiro foi o desenvolvimento de formas institucionalizadas de integração entre Medicina e Espiritismo. Partindo do princípio de que seria possível a intervenção de um “espírito” como uma possível causa da loucura, adotavam a associação das terapêuticas médica e espiritual no tratamento do paciente (Aubreé & Laplantine, 1990).

Entretanto, durante o período em análise, a maioria dos hospitais psiquiátricos espíritas não produziu publicações que procurassem apresentar de modo sistemático esta conjunção de tratamentos (médico e espiritual). A exceção foi Inácio Ferreira, do Sanatório Espírita de Uberaba. Ele publicou livros com descrições do perfil de pacientes atendidos, dos tratamentos empregados e dos resultados obtidos. Nestas obras, Ferreira buscava defender e apresentar evidências da etiologia espiritual de muitos casos de loucura e da eficácia do tratamento espírita (Ferreira, 1945, 1948). O principal argumento utilizado pelos espíritas para justificar a criação destes hospitais era a necessidade de abrigar, tratar e acolher os doentes mentais (Bianchi, 1984). No entanto, os espíritas se utilizaram da existência desses hospitais psiquiátricos no debate com os médicos. Pretendiam demonstrar que o Espiritismo, além de não desencadear a loucura, possuía uma proposta complementar para o seu diagnóstico e tratamento, colocada em prática dentro de seus hospitais. Além disto, destacavam a importância destes hospitais dentro da conjuntura do país naquele período, que dispunha de poucos leitos públicos para internar pacientes com algum tipo de problema mental.

Os psiquiatras contra-argumentavam que estes hospitais espíritas seriam apenas uma forma de charlatanismo (Ribeiro e Campos, 1931). Outros diziam ainda que, na verdade, a criação desses hospitais representava um reconhecimento público, realizado pelos espíritas, do perigo do Espiritismo na promoção da loucura. Os espíritas provavelmente reconhecendo a importância do factor Espiritismo na produção das psychoses tem se batido para a construcção de hospitaes destinados a abrigar insanos, como está acontecendo actualmente em S. Paulo (Guimarães Filho, 1926:128).

Além da construção dos hospitais espíritas ser tentativa de institucionalizar, de materializar a visão espírita dos transtornos mentais, um fato que pode ter contribuído para aumentar o desconforto dos psiquiatras seriam as subvenções governamentais recebidas por alguns destes hospitais. Para os psiquiatras, o governo, ao colaborar na manutenção desses hospitais, estaria indiretamente apoiando os espíritas e suas propostas de tratamento da loucura. No entanto, Jabert (2005) afirma que o governo, na maioria das vezes, subvencionava essas instituições pela falta de hospitais públicos que pudessem substituí-las no atendimento à população. Jabert (2005) cita um pronunciamento realizado por Henrique Roxo em 1933, numa reunião da Sociedade de Psiquiatria, Neurologia e Medicina Legal, em que ele abordou especificamente o problema das subvenções governamentais para os hospitais espíritas: (...) pergunta se não há uma comissão destinada a fiscalizar o problema da medicina espírita; se não há, torna-se indispensável que haja. No ano findo, leu com surpresa, a concessão de uma subvenção do governo para certo asilo espírita, verificou depois que vários outros hospitais espíritas, em diversos pontos do país, recebem subvenção oficial. Não haveria um meio de impedir essas subvenções e de coibir essa terapêutica espírita? Já há muito vem estudando os malefícios do espiritismo, tendo mesmo isolado uma entidade mórbida nova: o delírio espírita episódico (SPNML, Saide, 1980:166 apud Jabert 2005:713-4).

Os hospitais psiquiátricos espíritas continuaram a ser criados e foi, a partir da década de 1950, que um maior número dessas instituições deu inicio às suas atividades. Para Souza e Deitos (1980), a inserção do Espiritismo nos domínios da saúde mental concretizou-se em dezenas de hospitais psiquiátricos espíritas no Brasil. Num levantamento realizado por estes autores, nos anos 80, haveria cerca de cem hospitais psiquiátricos de orientação espírita no país. Segundo dados mais recentes, fornecidos em 1994 pela Secretaria de Estado da Saúde, no Estado de São Paulo existiriam noventa e oito hospitais psiquiátricos. Destes, vinte e dois seriam espíritas e sem fins lucrativos (Figueiredo et al., 1998). A criação dos hospitais psiquiátricos e dos próprios centros espíritas acarretaria a institucionalização do Espiritismo, garantindo, do mesmo modo que os psiquiatras, a perpetuação desse grupo e de suas idéias através dos tempos (Chartier, 1988).


Conheça alguns Hospitais Espíritas em Goiás:


Imagem: Foto retirada do site do Instituto Espírita Batuíra de Saúde Mental. Filtro aplicado sobre o original.

2020 - Evangelização de bebês

Fortalecimento dos vínculos de afeto e de contato com a mensagem cristã.


A Evangelização de Bebês em Goiás

Por Cíntia Vieira Soares


  • Como e quando surgiu a ideia da Evangelização de Bebês?

O trabalho de evangelização de bebês começou há quinze anos em Goiás, a partir de uma necessidade de nossa casa espírita (Posto de Auxílio Espírita – Goiânia GO), em atender essa faixa etária na evangelização.

Os pais ficavam, muitas vezes, com seus bebês no grupo da família, ou então nas mediações do auditório nos dias de palestra pública, cuidando para que o bebê não “atrapalhasse” com seus barulhinhos naturais...

Como já trabalhava profissionalmente com musicalização de bebês, a ideia foi fazer uma adaptação dos programas que desenvolvíamos no campo profissional, para a doutrina espírita.

Assim, trabalharíamos o conteúdo doutrinário e os ensinamentos de Jesus, por meio da música, teatros e histórias, de forma atrativa, sensorial, sensibilizando o bebê para o amor de Jesus.

  • O que significa evangelizar bebês?

Evangelizar bebês significa educar o espírito desde a mais tenra idade, levando-o a sentir as vibrações amorosas de Jesus e a proteção de Deus. Além de vivenciarem atividades doutrinárias e cristãs de estimulação, visando o seu desenvolvimento harmônico, o bebê é também incentivado a perceber os laços de carinho e amor que os une à mamãe e ao papai. Não se pretende, nas aulas, o alcance intelectual do bebê, ou seja, que ele entenda os conceitos propostos, mas buscar, acima de tudo, envolvê-lo nas vibrações amorosas dos ensinamentos do Cristo, para que possa sentir e conhecer Jesus pelo seu amor e bondade.

Emmanuel adverte que “... o período infantil é o mais propício à assimilação dos princípios educativos. Até os sete anos, o espírito ainda se encontra em fase de adaptação para nova experiência que lhe compete no mundo. Nessa idade, ainda não existe uma integração perfeita entre a matéria orgânica. Suas recordações do Plano Espiritual são, por isso, mais vivas, tornando-se mais suscetível de renovar o caráter e estabelecer novo caminho...” [1]

Atualmente, há inúmeros estudos científicos que confirmam que os bebês têm capacidades diversas de compreensão e memória, e mesmo em fase intra-uterina, o feto pode sentir e perceber os pais de forma clara. A questão é que a forma de compreensão é diferente da nossa como ‘adultos pensantes’. Sua comunicação é própria, exigindo de nós, olhar atento e escuta sensível a fim de perceber os sinais demonstrativos de entendimento e comunicação com o meio.

Até aproximadamente três anos, o cérebro está em amplo desenvolvimento. Se o bebê for estimulado nos primeiros anos de vida, a quantidade de sinapses (ligações nervosas) será maior, propiciando um maior desenvolvimento. Nesta idade, o cérebro está mais receptivo aos estímulos vindos do ambiente e das experiências corporais. Assim, as experiências vivenciadas inicialmente, em nível corpóreo, ficarão gravadas no cérebro e poderão ser utilizadas posteriormente como base para outras vivências.

Transpondo para a evangelização de bebês, entendemos que os conteúdos doutrinários e evangélicos, vivenciados corporalmente pelo bebê, ficarão impregnados em seu perispírito, juntamente com o arquivo de experiências trazido de outras existências, conteúdos estes que poderão ser associados e relembrados futuramente pela criança e ainda promover transformações morais, provenientes desta memória psíquica do período enquanto bebê.

Nesta perspectiva, o trabalho de Evangelização Espírita de Bebês é pautado na vivência dos ensinos do Cristo, sem a pretensão de que ‘entendam cognitivamente’ conceitos e linguagem formais. O ambiente deve ser plasmado de amor e carinho pelo evangelizador, criando uma atmosfera de harmonia, para que os bebês sintam a presença amorosa de Jesus, por meio das parábolas e pregações, impregnando no espírito reencarnante o aprendizado do amor ao próximo, respeito e bondade, vivamente exemplificados pelo Mestre.

Além de vivenciarem o evangelho de Jesus, por meio de atividades sensoriais de estimulação visando o seu desenvolvimento harmônico, o bebê é também incentivado a perceber os laços de carinho e amor que o une à mamãe, ao papai e seus familiares, em ambiente espiritualmente saturado de boas vibrações.

A presença ativa da mamãe e/ou do papai nas atividades de evangelização do bebê é fonte básica de segurança e bem-estar, facilitando desde a sua adaptação até a sua completa integração ao ambiente educativo espiritual. Não podemos esquecer que os pais são acima de tudo corresponsáveis pelo processo de evangelização de seu filho. Assim, a evangelização propicia conteúdo evangélico doutrinário tanto para o bebê quanto para os pais, além de criar e fortalecer os vínculos da família com a Casa Espírita.

Como é a dinâmica dentro da sala com as crianças?

Os ensinamentos de Jesus são trabalhados por meio de atividades sensoriais que despertem a atenção da criança. As histórias, parábolas, brincadeiras e músicas estimulam o aprendizado do amor ao próximo, respeito e bondade, vivamente exemplificados pelo Mestre.

Para tanto, são utilizados fantoches, bichinhos, objetos coloridos e sonoros, com diferentes texturas e formatos, buscando de forma criativa e encantadora, cativar a atenção do bebê para atividade doutrinária, inclusive utilizando o boneco Jesus, que conta as parábolas e abraça carinhosamente todos os bebês.

Além de vivenciarem o evangelho de Jesus, por meio de atividades sensoriais de estimulação visando o seu desenvolvimento harmônico, o bebê é também incentivado a perceber os laços de carinho e amor que o une à mamãe, ao papai e seus familiares, bem como a construir vínculos de afeto com os outros bebês, em ambiente espiritualmente saturado de boas vibrações.

Qual a importância desse processo na formação de seres mais espiritualizados?

Evangelizar a criança é permitir a convivência com os princípios morais cristãos, aproximando-a desde cedo das leis de Deus. É acordar a consciência para que as leis divinas se façam presentes em sua vida. A cada passagem pela vida corpórea, a criança renasce com a oportunidade bendita da reeducação. É, pois, o solo fecundo aguardando a germinação das sementes da Boa Nova.

A fase da infância é então oportunidade valiosa de transformação da humanidade. Quando Jesus diz “Deixai vir a mim as criancinhas”[2], exorta-nos, sobretudo, quanto ao momento ideal para a aproximação dos pequeninos com o seu reino de amor e paz. Suas sábias palavras advertem-nos que já na infância se devem lançar as bases do seu evangelho.

As atividades de evangelização com a criança estimulam o desenvolvimento das virtudes, o cultivo de valores espirituais e morais, a ética e o bem comum. Desta forma, as crianças aprendem a compartilhar, exercitam a paciência e a tolerância com as pessoas, aprendem a respeitar a natureza, a colaborar com a família entre outras conquistas morais, tornando pessoas mais sensíveis, mais ajustadas socialmente e conscientes do bem comum, em contínuo processo de espiritualização.

Entretanto, a evangelização da infância não abrange apenas a criança, mas todos os envolvidos na ação educativa. Pais, familiares e educadores se vêem comprometidos na ação evangelizadora, sendo estimulados também, ao aprimoramento moral e espiritual.

Qual é o panorama atual da Evangelização de Bebês no Brasil e no mundo?

Temos realizado Cursos de Formação em todo Brasil e outros países, divulgando e desenvolvendo trabalhadores nesta área. A maioria dos estados brasileiros já desenvolve atividades de evangelização com os bebês em suas casas espíritas, inclusive a FEB em seu campo experimental da AIJ. Em outros países, o desenvolvimento também acontece de forma gradativa. Já realizamos cursos de formação e palestras nos EUA e em vários países da Europa (Noruega; Suíça; Bélgica; Irlanda; Inglaterra; Itália; Áustria; Alemanha), bem como, temos acompanhado a implantação também no Japão.

Estamos em momento muito importante, que é a construção coletiva de um documento orientador para a Evangelização de Bebês, realizada sob coordenação da Área de Infância e Juventude - CFN/ FEB, a ser submetido ao Conselho Federativo Nacional da FEB, ainda este ano. O documento conta com orientações, diretrizes e princípios norteadores para a implantação e implementação desta atividade no Centro Espírita.


Referências:

[1] XAVIER, Francisco Cândido. O Consolador. Pelo espírito Emmanuel. RJ. FEB, 22ª ed., 2000, p. 109. [2] Marcos, 10:14.

Imagem: Capa do livro Evangelizando Bebês editado pela FEEGO Editora, acervo FEEGO. Filtro aplicado sobre o original.

2021 - Primeiro Congresso Espírita Virtual de Goiás

O nosso Congresso Espírita em sua 37° edição, ocorrerá em 2021 como todos os anos desde a sua concepção. Em virtude da experiência que estamos enfrentando com a pandemia, o Congresso ocorrerá virtualmente, pela primeira vez, nos contemplando com conteúdos voltados para as vivências humanas individuais e coletivas sob a luz do Espiritismo e dos ensinos de Jesus.


Em breve a FEEGO divulgará a programação completa.
Acompanhe nossos canais de comunicação.


Imagem: Cartaz de divulgação da 37o. Congresso Espírita de Goiás, acervo FEEGO. Filtro aplicado sobre o original.